Katarina Peixoto: Fotografar e identificar os infiltrados é nossa tarefa

viomundo

27 de maio de 2017 às 20h37

  
por Katarina Peixoto, no Facebook
Há uma gurizada (mal formada ou mal atendida psiquicamente, ou ambas as coisas) que quebra vidraças de bancos e equipamentos públicos, em manifestações de cunho político.
Essa idiotia política começou em junho de 2013 e há muitas dúvidas se não foi a PMSP que deu início a esse expediente, naquela noite dos Nadir Figueiredo, na segunda semana de junho, em São Paulo.
Embora o ódio político tenha sido desencilhado naquela divisão jamais remendada, desde então, e por isso mesmo, a presença de infiltrados nas marchas moralistas ou em defesa da democracia e contra o golpe é uma constante.
Quando começaram as marchas contra o golpe, há um ano, esses policiais começaram a ir a assembleias e a nos acompanhar nas marchas.
Tem o caso célebre do elemento que foi promovido, pelo exército brasileiro, depois de ter se infiltrado para enviar estudantes para a prisão, antes de irem a uma marcha, em São Paulo.
A polícia brasileira e as forças armadas não são instituições estruturadas e cultivadas nos limites legais. O mesmo se diz do judiciário.
Os limites dessas instituições são de outra ordem: estamentais, portanto, pré-modernos. Se você não entendeu, pergunte aquele weberiano amigo seu, que disse que desse jeito não dá para ser feliz direito.
Esses delinquentes, que já fotografamos e identificamos, os mais experimentados, há anos, agem como os moleques safados da região agrícola. Eles sabem que não respondem a ninguém, senão ao comandante imediato de seus despachos arbitrários: podem ser decisões pilantras, documentadas, e podem ser vidraças, ministérios, equipamentos públicos.
É uma tática de sabotagem da vida legal, levada a cabo pelo atavismo estamental, cujas focinheiras foram inutilizadas, no processo de desestabilização dos governos democraticamente eleitos.
O que podemos fazer é fotografá-los e denunciá-los. E denunciar a mão de ferro midiático-familiar que depende deles, comanda e os protege, para seguir a agenda do golpe.
Por isso é absolutamente fundamental não levar a sério o que dizem, a respeito de quem é arbitrário e age contra a legalidade, quando o dizem nas televisões e jornais brasileiros.
O Brasil nunca puniu a tortura, não tem por que punir juiz vagabundo nem infiltrado em passeata e marcha, para colar na esquerda a projeção da própria delinquência constitutiva.
Nas passeatas, assembleias e atos, é divertido ver os infiltrados. Fotografá-los é um bom critério para identificá-los.
Eles correm das fotos como o Temer corre da democracia. Ah, e a propósito, #DiretasJá.
PS do Viomundo: O problema é que tem muita gente ingênua na esquerda — ou mal intencionada. É um dos artifícios da contra-propaganda (está em qualquer livrinho sobre a CIA, por exemplo) divulgar provas falsas para desqualificar o adversário.
Por exemplo, vídeos da polícia da Venezuela como se fosse a PM de Brasília. Ou fotos fake de brutamontes como se fossem black blocks em Brasília.
Os bobocas de esquerda divulgam estes vídeos e fotos falsas, que em seguida são desmentidos, provocando o efeito desejado pela direita: “A esquerda falsifica informação”.
A situação se agrava pelo surgimento de blogs sem qualquer compromisso com a verdade, mas que buscam apenas explorar o filão dos leitores de esquerda e capturar um grande número de clicks pagos. Eles reproduzem informação falsa, descontextualizada ou fazem ilações sem pé nem cabeça, garantindo grande número de compartilhamentos.
Tornam-se, potencialmente, endereços destinados a receber e passar adiante as fake news, o que no longo prazo tem o efeito de desqualificar TODAS as fontes de informação da esquerda, por associação.
Quando, há alguns anos, este site advertiu que era provavelmente falsa a notícia de que uma indiazinha havia sido queimada viva por madeireiros do Maranhão, que era preciso aguardar as provas, houve um turbilhão de xingamentos no twitter contra nós: o esculacho digital juntou jornalistas realmente de esquerda a figuras deploráveis como Soninha Francine. A notícia, provou-se, era falsa. Ninguém pediu desculpas.
Se houver um denúncia igualzinha hoje, e o fato for real, a opinião pública vai ficar com um pé atrás sobre acreditar na notícia. Ponto para os latifundiários e madeireiros.
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