SP 247 - Depois de 8 horas de votação, com ampla mobilização estudantil, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) aprovou, na última terça-feira (30), a adoção de sistema de cotas para estudantes de escolas públicas, pretos, pardos e indígenas. A nova política passa a valer no vestibular de 2019.
A proposta partiu da reitoria e foi aprovada em reunião do Conselho Universitário, órgão máximo da instituição. O formato do programa será discutido por um grupo de trabalho até novembro deste ano.
No mesmo sentido, a PUC/SP também aprovou o sistema de cotas para negros e indígenas na pós-graduação.
De acordo com o ex-ministro da Educação, Aloizio Mercadante, as decisões da Unicamp e PUC- SP reforçam o êxito da política de cotas e acesso preferencial para pobres, negros e indígenas. "Todas as pesquisas já realizadas demonstram que os cotistas possuem um desempenho semelhante ao não cotistas e estas ações afirmativas vão contribuir para reparar uma enorme injustiça histórica com a população afrodescendente e os povos indígenas", defende Mercadante.
Meta - O plano da Unicamp preve a meta de 50% de estudantes oriundos da rede pública, por curso e turno, e buscar a meta de 37,5% de auto-declarados PPI (pretos, pardos e indígenas), segundo registrado do IBGE no Estado de São Paulo. Com relação à meta de PPI, o projeto da Unicamp é mais arrojado que a Lei de Cotas das universidades federais.
A lei de cotas, de 2012, prevê que o percentual de PPI do esteja vinculado ao total de vagas reservadas (calculado sobre 50%, no caso). Na Unicamp, essa meta estará vinculada ao total de alunos. O atendimento a esse critério deverá ser gradual.
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