PF diz que MP aceita delações sem provas. E precisa?

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A Folha dá manchete para as insatisfações da Polícia Federal com as delações (77!) premiadas firmadas pelo Ministério Público com a Odebrecht, nas quais faltam documentos comprobatórios e sobram contradições em declarações.
Estas delações, porém, foram homologadas pela Ministra Cármem Lúcia, presidente do TSE e geram efeitos legais de perdão e redução de penas para os executivos que, além disso, receberam vultosos pagamentos e benefícios da empresa para ajudarem a montar  “a delação do fim do mundo”.
Sete meses depois de homologadas as delações, sequer o acesso aos sistemas da empresa que, supostamente, registrariam contribuições (propinas ou não) da empresa a políticos foi obtido pela Polícia. Depoimentos-chave, segundo a reportagem, estão cheios de contradições e foram tomadas como propina doações registradas pelas quais não foi pedida ou solicitada qualquer contrapartida.
A situação parece ter ficado tão delicada que a própria Odebrecht saiu de sua frase monocórdia de que a “a empresa está colaborando com as investigações” e saiu a argumentar que as delações foram aceitas em outros países e pelo Oráculo de Curitiba, Sérgio Moro.
E em Curitiba, como se sabe, provas são dispensáveis, importantes são as convicções.

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