Triste São Roque: Até agora governo gasta R$ 55 mil na cultura e corta seu orçamento em 84%




A cultura estava "sossegada"...  dialogando...
aí veio o Arruda proibir a arte de rua, muitos vereadores aplaudiram. o prefeito se omitiu e não vetou a lei questionada no Ministério Público. Depois veio o primeiro corte de R$ 1,8 milhões.  não satisfeitos, cortaram mais R$ 150 mil pra direcionar ao subsídio da empresa de ônibus.
Veio o PPA:  que projeta 4 anos, e descobriu-se que a cultura só teria 0,22%,  retroagindo assim a valores de 2012. 
Um vereador de bom senso apresentou  emendas contra este desastre e outro três se juntaram a ele. Porém foi acionado o trator do governo ... e  a emenda foi rejeitada.
Triste cidade onde a arte é banida  e execrada pelos poderosos....
Triste cidade onde pessoas que se pensam esclarecidas destroem a cultura.
A cidade anda triste, como também o nosso país governado por usurpadores e por chefe de quadrilha colocado lá pelos que apoiaram o golpe contra os direitos do povo.
A nossa tristeza aumenta quando vemos os números da execução do orçamento retirada hoje do portal da transparência. A cultura tinha no orçamento R$ 2,4 milhões e agora só tem R$ 370 mil, ou seja, sofreu um corte de 84%.
Mas pasmem, se vistam de luto !  até o momento o governo dos ditos esclarecidos só aplicou a grande quantia de R$ 55 mil, ou seja, aplicaram em média 9.284 por mês.
Triste São Roque que hoje enterra a cultura...
não teve carnaval, mas polícia batendo no povo...
Triste São Roque sem Teatro de Páscoa....
Triste São Roque, que deve pedir a carpideira oficial  que venha ao enterro chorar lágrimas de crocodilo, pois  o forte ajuste fiscal faz a primeira vítima....
Triste São Roque que vem percebendo que lentamente as esperanças  se transformarem em desilusão...
Triste São Roque em que a cultura que exprime a alegria de viver é transformada em cinzas...
Texto em homenagem ao grande poeta Barroco Gregório de Matos que escreveu no período colonial o poema Triste Bahia...
    Triste BahiaTriste Bahia! Ó quão dessemelhante
    Estás e estou do nosso antigo estado!
    Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
    Rica te vi eu já, tu a mi abundante.

    A ti trocou-te a máquina mercante,
    Que em tua larga barra tem entrado,
    A mim foi-me trocando, e tem trocado,
    Tanto negócio e tanto negociante.

    Deste em dar tanto açúcar excelente
    Pelas drogas inúteis, que abelhuda
    Simples aceitas do sagaz Brichote.

    Oh se quisera Deus que de repente
    Um dia amanheceras tão sisuda
    Que fora de algodão o teu capote!

                                                           Gregório de Mattos





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