247 - O advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhou para a Odebrecht de 2011 a 2016, diz ter recebido de um executivo da empreiteira uma planilha que aponta supostos repasses ao marqueteiro João Santana por meio de uma offshore nas Ilhas Cayman, a Deltora Enterprises Group.
Santana fechou acordo de colaboração premiada com a Lava Jato e não citou a Deltora entre as empresas de fachada que foram usadas para o recebimento de pagamentos de caixa dois.
Procurado por meio de seus advogados, o publicitário negou ter omitido qualquer informação das autoridades e disse que jamais utilizou a offshore citada por Duran em suas operações.
O advogado é um personagem controverso na narrativa de colaboração da Odebrecht com a Lava Jato. Ele não fechou acordo de colaboração e acabou alvo de um mandado de prisão. Decidiu fugir para a Espanha –ele tem dupla cidadania– e o país europeu negou sua extradição ao Brasil.
Desde então, ele tem feito acusações à empreiteira, afirmando que ela omitiu informações das autoridades e usou documentos falsos para alavancar o acordo de colaboração e omitir desvios de seus executivos. Duran diz que repassou informações sobre operações da Odebrecht a autoridades de sete países.
As informações são de reportagem de Daniela Lima na Folha de S.Paulo.
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