A pauta “me engana que eu gosto” do pós-previdência

pauta
Quem apresenta uma pauta de “15 propostas prioritárias”  está colocando  muito glacê em cima de um pequeno bolinho.
O governo que não consegue aprovar , depois de tantas maracutaias, de tanta propaganda e de tanto acenar com o “fim do mundo” em caso de rejeição, a reforma da Previdência dificilmente terá condição de aprovar um sequer das 15 propostas que apresentou hoje, numa singela lista feita no computador.
A proposta de “autonomia” do Banco Central tão Emenda Constitucional quando a da Previdência – a exigir, portanto, 308 impossíveis votos, chega a ser de provocar risadas. Afinal, um semana após a posse de Temer, com o impeachment, seu envio foi anunciado pelo  então líder do PMDB, senador Valdir Raupp,
Necas de pitibiriba.
Se uma ou duas “passarem”, lambam os beiços. Nem a privatização da Eletrobras, aposta do governo para encher as burras da Fazenda é garantida: há resistências na base governista nos estados em que a empresa, corretamente, arca com o custo da demanda de baixa rentabilidade. Ou energia elétrica não é mais essencial.
Reforma tributária, corte de gastos? Esqueça, estamos a pouco mais de sete meses das eleições.
Nem penso que seja Michel Temer o autor deste despautério de “pauta”.
É um remendo de Meirelles, atropelado publicamente pelo Governo.
A imagem da “pauta postiva” aí de cima só tem um problema.
É deveria ter sido impressa, para ser gentil, em papel de pão.

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