Dois anos de um golpe que nos levou à barbárie

miseri
Hoje se completam dois anos que um circo comandado por Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados,  desfechou um golpe contra a soberania do voto do povo brasileiro.
Entre apelos a mães, filhos e netos, o Brasil viu um espetáculo deprimente de fanatismo, insuflado pela mídia, contra uma mulher contra a qual, 48 meses depois, jamais se provou qualquer desonestidade.
A crise, nos prometiam, acabaria no dia seguinte.
O mundo despejaria investimentos no país, o desemprego cairia, o déficit público despareceria.
Livres do “lulopetismo” e do “bolivarianismo”, a paz e a fraternidade voltariam a reinar no país.
Dois anos depois temos um país dividido e sofrido, de quem estão tirando, até, a esperança de mudança nas eleições de outubro.
O cardeal do golpe, Eduardo Cunha, está na cadeia. O usurpador, não apenas metido em inquérito após inquérito, como apiado por apenas 5% da população. O “vencedor moral” das eleições, Aécio Neves, na iminência de se tornar réu, hoje, por um achaque de R$ 2 milhões.
Depois de mais e mais crise, mesmo o espasmo de recuperação econômica, cantado em prosa e verso pela mídia, deu chabu.
O caminho do poder está aberto, como há quase 30 anos atrás, para aventureiros de espírito autoritário.
O circo trágico de 17 de abril de 2016 está ardendo num incêndio do qual só se entrevêem as chamas.
Por enquanto.

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