Datafolha mostra que “chama o Lula” é esperança contra a crise

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Sem sequer uma mísera chamada na primeira página, a Folha publica resultados ainda inéditos  da última pesquisa Datafolha sobre as eleições presidenciais, com números que atestam – se ainda fosse preciso mais – a deformação da vontade popular com a exclusão de Lula da disputa.
32% dos entrevistados (ou 40% dos que deram resposta à pergunta) acham que o ex-presidente é a pessoa mais capacitada a recurperar o crescimento econômico do país, mesmo com todas as distorções para menor que o bombardeio de notícias de que ele não poderá ser candidato.
Quem diz, portanto, que a credibilidade da liderança política é essencial para a mobilização dos agentes econômicos está na obrigação de reconhecer que existe ua disposição de grande parte da população em confiar nele e responder de forma positiva a medidas de saneamento da economia brasileira.
A menos, claro, que não se considere o povo como agente econômico, como faz o raciocínio tecnocrata dos “mercadistas” que, desde o golpe, tiveram faca, queijo e garfo nas mãos e só foram capazes de, na melhor das hipóteses, produzir uma estabilização na crise que, por todos os sinais, está se desfafendo para dar lugar a um novo mergulho.
A pesquisa diz mais: cresce a consciência de que a exclusão de Lula das urnas é uma violação das regras da disputa eleitoral, registra a Folha:
Segundo o Datafolha, a maioria da população acredita que o ex-presidente não será candidato, mas o número registrou queda na última pesquisa. Passou de 62% em abril para 55% no início de junho.  Já os que avaliam que ele participará da disputa passaram de 34% para 40%.
A percepção de que o ex-presidente não concorrerá às eleições, no entanto, não significa que os entrevistados acreditem que ele não deveria ser candidato. Nesse caso, constata-se um empate. Para 48%, Lula deveria ser impedido de concorrer, enquanto 49% são contra vetá-lo.
São números que, ao que tudo indica, devem crescer com a rápida deterioração do cenário econômico a que assistimos.
O “chama o Lula” é a memória do país que conseguiu, com ele, mostrar que o desastre não é o único rumo do Brasil.

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