247 - O ministro da Economia, Paulo Guedes, justificou o corte orçamentário destinado ao Censo 2020, que será realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afirmando que a pesquisa "custa muito caro e tem muita coisa do nosso ponto de vista (do governo federal) que não é tão importante". Demonstrando um total desconhecimento sobre o Censo, o ministro disse que o estudo contém "360 perguntas", quando na realidade possui cerca de 150 questões.
Guedes negou que o corte seja algum tipo de intervenção junto ao IBGE. "Não é intervenção. Nós não estamos dizendo nada. A moça (atual presidente do INGE, Susana Guerra) disse que precisava de R$ 2,7 bilhões para fazer o Censo que sempre foi feito. Eu disse: não tenho esse dinheiro. Não vou dar. Ah, mas nós vamos ficar sem Censo?. Não. Faz o que quiser para baixar esse custo. Vende prédio. Engraçado é que, se a empresa fosse privada, como o Ibope, e estivesse com dificuldades, a pesquisa encolheria e ninguém falaria em intervenção", ironizou Guedes em entrevista à GloboNews.
Por meio de uma nota, o IBGE informou, na semana passada, que a pesquisa, orçada em R$ 2,3 bilhões, terá que ter este custo reduzido em cerca de 25% uma vez que a "diretriz do governo federal é de restrições orçamentárias". Para os especialistas, o corte deverá afetar a coleta de dados e informações sobre como vive a população brasileira, o que poderá trazer impactos na elaboração e definição de políticas governamentais, como nas áreas de saúde e educação, por exemplo.
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