Consumo de café na China dispara no embalo de cafeterias e favorece vendas do Brasil

 



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Nação asiática já será o sétimo maior consumidor mundial de café em 2023/24

Barista faz café no café La Tercera em Pequim, China 06/05/2017
Barista faz café no café La Tercera em Pequim, China 06/05/2017 (Foto: REUTERS/Thomas Peter)
 

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(Reuters) - O consumo de café na China aumentou em dois dígitos na temporada 2022/23, impulsionado pela expansão das cafeteiras em várias das grandes cidades do país em meio a uma demanda crescente dos chineses mais jovens, o que tem favorecido embarques do Brasil, maior exportador global.

O volume de café consumido pela China na temporada 2022/23 (outubro-setembro) cresceu 15% ante o ano anterior para 3,08 milhões de sacas de 60 kg, de acordo com dados da Organização Internacional do Café (OIC) obtidos pela Reuters. Já o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) vê o consumo chinês em 5 milhões de sacas na nova temporada (2023/24).


Enquanto isso, as exportações de café brasileiro para a China superaram 1 milhão de sacas pela primeira vez em um ano, de acordo com dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que agora coloca o gigante asiático como o oitavo principal destino do grão nacional.

"A China é uma realidade, não é algo pontual, podemos ter muitas surpresas com China ainda, sem dúvida nenhuma", disse o diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, à Reuters.


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O país asiático importou 1,152 milhão de sacas no acumulado deste ano até novembro, mais do que triplicando suas importações frente ao mesmo período de 2022, segundo dados do Cecafé.

Apesar do forte crescimento, em meio a uma disputa das redes de cafeterias pelos clientes, a China ainda tem um consumo relativamente modesto para o tamanho do país e quando se compara com os volumes dos dois maiores consumidores, os Estados Unidos e o Brasil, que demandam mais de 20 milhões de sacas por ano.


Entretanto, de acordo com o USDA, a nação asiática já será o sétimo maior consumidor mundial em 2023/24. O avanço no consumo ainda destaca o potencial da China para aumento da demanda e reflete uma mudança cultural sobre o hábito de beber café semelhante à vista em outros países asiáticos, como Japão e Coreia do Sul.

"A China tem muitos espaços... Mesmo exportar 1 milhão de sacas, pelo tamanho da China, com muitas regiões metropolitanas, cabe tanta coisa a mais", opinou Matos.


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