Coronel do Exército suspeito de atuar em trama golpista pede nova chance de depor à PF

 



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Suspeito de atuar na elaboração da chamada "minuta do golpe", tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior ficou em silêncio durante seu primeiro depoimento

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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247 - Após se manter em silêncio durante seu depoimento à Polícia Federal, o tenente-coronel do Exército Ronald Ferreira de Araújo Júnior pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) marque uma nova data para que possa prestar esclarecimentos sobre o seu envolvimento em uma suposta trama para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diz o jornal O Globo.

Lotado no Centro de Comunicação do Exército Brasileiro, Araújo Júnior é investigado por sua suposta contribuição na elaboração de uma minuta que poderia fundamentar um decreto de golpe de Estado. A operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal há cerca um mês, atingiu não apenas Araújo Júnior, mas também Jair Bolsonaro (PL), além de ex-ministros, ex-assessores e militares, pela suspeita de tramarem um golpe para invalidar as eleições de 2022, vencidas por Lula.

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“A defesa compreende que, após informes pela imprensa de que investigados teriam feito novos relatos, seria importante, mesmo com parcial conhecimento da acusação que há contra ele, esclarecer questionamentos de sua relação com Mauro Cid e os demais investigados, evitando especulações sobre sua participação, negada veemente em qualquer planejamento, ideia ou sugestão a abolição ao estado democrático de Direito”,disseram os advogados João Carlos Dalmagro e Lissandro Sampaio, por meio de nota, de acordo com a reportagem.

Segundo o inquérito, Araújo Júnior teria recebido arquivos em PDF do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que fechou um acordo de delação premiada com a PF, intitulados “Levantamento de ações do TSE em desfavor do candidato Jair Bolsonaro” e “Levantamento de ações no STF em desfavor do governo federal”.

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As investigações apontam que o material, no entendimento de Cid, compilariam “práticas de atos ilegais por parte dos tribunais superiores, desvirtuando a ordem constitucional, seria o complemento da minuta de decretação do estado de exceção, para reverter a ordem jurídica do país”.

Marcelo Costa Câmara, outro ex-assessor de Bolsonaro, também solicitou um novo depoimento, seguindo a mesma linha de argumentação. Seu advogado, Luiz Eduardo Kuntz, declarou que a intenção é cooperar com as investigações e esclarecer qualquer dúvida, abrindo-se até mesmo à possibilidade de aceitar “propostas de benefícios”, caso suas declarações contribuam efetivamente para o esclarecimento dos fatos.


A PF suspeita que Câmara fazia parte do núcleo responsável por monitorar o ministro do STF Alexandre de Moraes, com o intuito de prendê-lo após a assinatura do decreto golpista.

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