G10 Favelas defende alternativas para investigar policiais após criança de 7 anos ser baleada em SP

 



brasil 247

O número de mortes cometidas por policiais aumentou mais de 90% nos dois primeiros meses no estado de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas foi denunciado na ONU

Câmera em uniforme da PM e Tarcísio de Freitas
Câmera em uniforme da PM e Tarcísio de Freitas (Foto: Agência Brasil)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - O líder comunitário Gilson Rodrigues, do bloco de empreendedores sociais G10 Favelas, defendeu nesta quinta-feira (18) que a população possa ter uma alternativa à polícia para apurar denúncias de condutas de agentes da corporação, com o acompanhamento de investigações a partir de outros órgãos. A afirmação foi uma reação ao caso do menino de 7 anos de idade que teve um olho ferido em meio a um tiroteio, em Paraisópolis, na capital paulista, na manhã desta quarta-feira (17), durante uma ação da Polícia Militar do estado de São Paulo, governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos).

De acordo com o Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do Ministério Público (MP-SP), a quantidade de mortes cometidas por policiais militares no estado aumentou 94% no primeiro bimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2023. O número subiu de 69 para 134 mortes no período.

Em 2024, membros das organizações Conectas Direitos Humanos e Comissão Arns denunciaram o chefe do Executivo paulista por violação aos direitos humanos em consequência de mortes e ferimentos causados por ações policiais principalmente na Baixada Santista, região litorânea do estado.

A versão da Polícia Militar é a de que a criança não foi atingida por uma bala disparada por sua equipe, que teria trocado tiros com criminosos, no momento em que o menino e a mãe passavam pela Rua Ernest Renan. Moradores da comunidade afirmaram que, depois do ocorrido, os policiais procuraram estojos de munição que ficaram pelo chão. A suspeita é de que os agentes de segurança os recolheram para evitar que a perícia confirmasse que a bala que feriu o garoto saiu de uma das armas da corporação.

A Polícia Militar argumentou que os agentes estavam facilitando o trabalho da Polícia Técnico-Científica, ao indicar o lugar onde o projétil foi encontrado, e informou ontem, em coletiva de imprensa, que os agentes não serão afastados de suas funções.

A ideia proposta por Rodrigues tem sido disseminada por outras pessoas, nas redes sociais, como possível forma de se coibir a violência policial praticada contra membros de comunidades periféricas. Nas postagens, os grupos também pedem, com frequência, a desmilitarização das polícias.

Postar um comentário

0 Comentários