Marcelo Roma
marcelo.roma@jcruzeiro.com.br
Dois trabalhadores na obra de um novo loteamento em Ibiúna sofreram soterramento dentro de uma vala aberta para instalalação da rede de esgoto. Um morreu e outro sobreviveu. A vala tinha 4 metros de profundidade e a parede lateral desabou sobre os trabalhadores. O acidente aconteceu às 14h40 de ontem e bombeiros de São Roque resgataram Bruno Aparecido Franhani, 23 anos, com vida. O mestre de obra Elisvaldo Moura Xavier, 58, foi soterrado a cerca de 1 metro de profundidade e não sobreviveu.
Bruno percebeu que o barranco desmoronava e tentou escapar. Ele conseguiu ficar com o rosto na superfície, o que permitiu respirar até ser resgatado completamente. Outros trabalhadores avisaram o Corpo de Bombeiros e usaram pás e até colher de pedreiro para retirar a terra de cima e salvar os colegas. Bombeiros de São Roque chegaram em aproximadamente 15 minutos após o acidente de trabalho.
Segundo o tenente Paulo Chagas, Bruno foi retirado com sinais vitais estáveis e socorrido no Hospital Municipal de Ibiúna. Estava em estado de choque e desorientado. Elisvaldo morreu por asfixia mecânica. O volume de terra fazia pressão na caixa torácica e não conseguia respirar, explicou o tenente. Os bombeiros escavaram e alcançaram primeiro à cabeça do mestre de obra na tentativa de que ele ainda estivesse vivo. Fizeram os procedimentos de emergência para reverter a parada cardiorrespiratória, mas não adiantou.
Um médico acompanhou os procedimentos de emergência e constatou a morte do mestre de obra. O corpo só pôde ser removido duas horas depois do acidente. Elisvaldo morava em Jandira, na Grande São Paulo, e trabalhava na obra há quatro meses. Claudemir Miguel de Oliveira ajudava Elisvaldo e Bruno na instalação dos tubos de esgoto e conseguiu sair a tempo quando o barranco desmoronou. Emocionado, ele lamentou a morte do colega.
A pressa em instalar a tubulação de esgoto pode ter provocado o acidente fatal. A máquina escavadeira operada por Andréia Aparecida de Oliveira ia abrindo a vala e os operários trabalhavam próximos. Elisvaldo estava na frente, a cerca de 3 metros da caçamba da máquina. De acordo com Andréia, ela alertou-o de que não podia ficar tão perto, mas ele não se importou porque queria terminar rápido o serviço.
Normas de segurança
O loteamento onde aconteceu o desmoronamento fica na avenida Antônio Falci e as obras estão sendo executadas pela construtora Egcon. Peritos da Polícia Científica estiveram no local, fotografaram e colheram dados para o inquérito. A Polícia Civil de Ibiúna vai apurar como aconteceu o acidente e se houve desrespeito às normas de segurança.
Em acidente semelhante ocorrido dia 25 de junho de 2001 dois operários morreram soterrados no bairro Éden, em Sorocaba. Eles trabalhavam numa valeta da rua Melo Freire. Em 9 de agosto de 2006, outro desmoronamento em obra de rede de esgoto matou dois trabalhadores na avenida Antônio de Souza Neto, bairro Aparecidinha, também em Sorocaba.
marcelo.roma@jcruzeiro.com.br
Dois trabalhadores na obra de um novo loteamento em Ibiúna sofreram soterramento dentro de uma vala aberta para instalalação da rede de esgoto. Um morreu e outro sobreviveu. A vala tinha 4 metros de profundidade e a parede lateral desabou sobre os trabalhadores. O acidente aconteceu às 14h40 de ontem e bombeiros de São Roque resgataram Bruno Aparecido Franhani, 23 anos, com vida. O mestre de obra Elisvaldo Moura Xavier, 58, foi soterrado a cerca de 1 metro de profundidade e não sobreviveu.
Bruno percebeu que o barranco desmoronava e tentou escapar. Ele conseguiu ficar com o rosto na superfície, o que permitiu respirar até ser resgatado completamente. Outros trabalhadores avisaram o Corpo de Bombeiros e usaram pás e até colher de pedreiro para retirar a terra de cima e salvar os colegas. Bombeiros de São Roque chegaram em aproximadamente 15 minutos após o acidente de trabalho.
Segundo o tenente Paulo Chagas, Bruno foi retirado com sinais vitais estáveis e socorrido no Hospital Municipal de Ibiúna. Estava em estado de choque e desorientado. Elisvaldo morreu por asfixia mecânica. O volume de terra fazia pressão na caixa torácica e não conseguia respirar, explicou o tenente. Os bombeiros escavaram e alcançaram primeiro à cabeça do mestre de obra na tentativa de que ele ainda estivesse vivo. Fizeram os procedimentos de emergência para reverter a parada cardiorrespiratória, mas não adiantou.
Um médico acompanhou os procedimentos de emergência e constatou a morte do mestre de obra. O corpo só pôde ser removido duas horas depois do acidente. Elisvaldo morava em Jandira, na Grande São Paulo, e trabalhava na obra há quatro meses. Claudemir Miguel de Oliveira ajudava Elisvaldo e Bruno na instalação dos tubos de esgoto e conseguiu sair a tempo quando o barranco desmoronou. Emocionado, ele lamentou a morte do colega.
A pressa em instalar a tubulação de esgoto pode ter provocado o acidente fatal. A máquina escavadeira operada por Andréia Aparecida de Oliveira ia abrindo a vala e os operários trabalhavam próximos. Elisvaldo estava na frente, a cerca de 3 metros da caçamba da máquina. De acordo com Andréia, ela alertou-o de que não podia ficar tão perto, mas ele não se importou porque queria terminar rápido o serviço.
Normas de segurança
O loteamento onde aconteceu o desmoronamento fica na avenida Antônio Falci e as obras estão sendo executadas pela construtora Egcon. Peritos da Polícia Científica estiveram no local, fotografaram e colheram dados para o inquérito. A Polícia Civil de Ibiúna vai apurar como aconteceu o acidente e se houve desrespeito às normas de segurança.
Em acidente semelhante ocorrido dia 25 de junho de 2001 dois operários morreram soterrados no bairro Éden, em Sorocaba. Eles trabalhavam numa valeta da rua Melo Freire. Em 9 de agosto de 2006, outro desmoronamento em obra de rede de esgoto matou dois trabalhadores na avenida Antônio de Souza Neto, bairro Aparecidinha, também em Sorocaba.
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