Merendeiras reclamam de não receber o salário das férias




Aproximadamente 150 merendeiras da rede pública municipal e estadual, em férias devido ao recesso escolar, ainda não receberam o dinheiro das férias. Na tarde de ontem, o problema foi denunciado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Refeições de Sorocaba (Sindirefeições) ao Ministério Público e à Prefeitura. Além do pagamento das férias, a direção do sindicato chama a atenção para o não reajuste dos salários com base na convenção coletiva e outros atrasos recorrentes como adicional noturno, salário-família e vale transporte.

As merendeiras estão em casa desde a sexta-feira passada, dia 1.º de julho, data em que o dinheiro já deveria estar depositado em suas contas, destaca a presidente do Sindirefeições, Teresinha de Jesus Baldino. Na próxima segunda-feira, dia 11, as merendeiras retomam e outras devem usufruir de dez dias do período de recesso. É o caso de Fátima Maria Dias Raimundo, que retorna ao trabalho na segunda. "Tenho contas para pagar e ainda não recebi". Ela conta que algumas colegas não estão nem indo trabalhar por falta do vale transporte.

Fátima conta que entrou em contato com a empresa para saber do dia do pagamento das férias. A funcionária teria ironizado. "Ela pediu pra eu não fazer pergunta difícil", critica a merendeira. Sorocaba tem cerca de 900 merendeiras em mais de 200 escolas e creches. O pagamento ocorre todo quinto dia útil de cada mês, mas há três anos têm atrasado com frequência, inclusive benefícios como adicional noturno e vale transporte, diz Teresinha.

Ela conta que no início deste ano houve uma fusão entre as empregadoras Geraldo J. Coan e ERJ Administração e Restaurantes de Empresas Ltda., com o Grupo CBA/Savon, de Jundiaí. "Achamos que ia melhorar, mas piorou", ressalta a assessora trabalhista do Sindirefeições, Alessandra Paes. O pagamento deve ocorrer hoje, quinto dia útil, e as funcionárias estão na expectativa devido ao atraso nas férias das merendeiras. Teresinha explica que nos períodos de recesso (dezembro, janeiro e julho) as funcionárias têm recebido somente 50% dos salários. "É ilegal. Elas têm que receber o salário todo", afirma.

Todos os problemas teriam sido levados à Prefeitura de Sorocaba, que mantém funcionárias em escolas e creches. Até uma reunião com representantes da Prefeitura aconteceu esta semana, porém, sem nenhuma solução concreta, informa Alessandra. "Embora pague à empresa, a Prefeitura é co-responsável", destaca Teresinha. O grupo CBA foi contatado e afirma que o pagamento "vai cair à tarde" e que "houve problema com o banco". Outra situação apontada pela sindicalista é quanto à data-base da categoria que venceu em junho e aguarda reajustes. Atualmente, o piso das merendeiras é de R$ 570,00, mas foi aprovado novo salário na convenção coletiva, de R$ 725,00.

Em nota, a Prefeitura informou que de acordo com a Secretaria da Administração, assim que tomou conhecimento da situação, imediatamente tomou as medidas cabíveis em contrato com a empresa responsável. A empresa respondeu à Sead que já regularizou a situação. Neste momento, a Sead aguarda a apresentação dos comprovantes de pagamento por parte da empresa.

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1 Comentários

  1. Olá, venho representar a minha mãe neste comentário, sendo que a mesma é ex - funcionária da empresa desde 21/06/2011. Para começar, a administração da mesma aqui na cidade de Piedade-SP anda uma negação, pois as supervisoras nunca conseguem fazer o seu trabalho corretamente onde as funcionárias que nunca cumprem o seu dever e acham que o local de trabalho é hora de lazer, sempre se dão bem, já as funcionárias como minha mãe, que sempre fazem seu trabalho com total dedicação nunca são reconhecidas. Houve o caso de contratarem minha mãe como Merendeira Fixa e ela fazer seu trabalho por mais de dois anos como Merendeira "Volante", onde a mesma saia de casa por volta das 5 horas da manhã para ir à regiões totalmente afastadas do seu lar, sendo que a mesma, mesmo depois de fazer tanto a vontade das supervisoras, ela acabou pedindo Demissão e não fizeram nada para reconhecer o que ela "representou" às mesmas.
    Essa empresa não passa de uma pura lavagem de dinheiro onde o erro começa desde o contrato, sendo que o mesmo se diz ter 3 meses de experiência e após este período o mesmo não se baseia em renovação por período cumprido, onde este é como um contrato que se finda quando a funcionária demitida ou pede demissão, aí ocorre o que chamamos de quebra de contrato, mas o mesmo nunca terá fim.
    Por este motivo minha mãe teve diversos descontos, como o de não cumprir os 30 dias de aviso prévio. Muitas funcionárias estão descontentes com a empresa em Piedade-SP e eu, Rubem, estou aqui para representar o que muitas funcionárias gostariam de exclarecer!!

    Todos nós, estamos apenas buscando combater essa palhaçada que é a falta de vergonha na cara de "roubar" um funcionário que pensa apenas em realizar seu trabalho!!

    Até mais.

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