Policiais podem agora autuar motoristas que não utilizarem o cartão ou ultrapassarem o limite de tempo
Regina Helena Santos
regina.santos@jcruzeiro.com.br
A Polícia Militar de São Roque, desde ontem, atua em conjunto com agentes de trânsito do município na orientação e fiscalização das 600 vagas da Zona Azul espalhadas pela região central. A medida chega como alternativa para tentar organizar a ocupação dos espaços públicos para estacionamento de veículos, que têm sido usados de maneira irregular, já que grande parte dos motoristas não utiliza o cartão - que dá direito a uma hora de permanência na vaga, pelo preço de R$ 1 - e também não tem sido multada por não cumprir a lei.
De acordo com Paulo Ricardo da Silva, chefe do Serviço Administrativo de Trânsito, a decisão por envolver a PM no gerenciamento da Zona Azul levou em consideração um convênio já existente entre a corporação e a administração municipal para atuação dos policiais nos auxílio às questões relativas ao controle de trânsito, desde a aplicação de multas até o apoio a eventos, por exemplo. "Trabalham nessa área, na cidade, os 90 homens da PM, 50 guardas municipais e 12 agentes de trânsito", explicou Paulo.
Desde ontem, os policiais assumiram a fiscalização da utilização dos cartões e a aplicação das multas, que para o estacionamento irregular são de R$ 57,21, acrescidas de três pontos na carteira de habilitação. Cabe ainda, à PM, o gerenciamento do controle de tolerância de tempo - já que o decreto municipal 6.516, de 2008, autoriza o estacionamento gratuito na Zona Azul por até dez minutos - que até o último mês de maio era realizado com a ajuda dos jovens da Patrulha Cívica Mirim, cujo convênio com a Prefeitura também foi encerrado.
Segundo o responsável pelo grupo, Antonio Silva Dias, conhecido como Toninho Zulu, a decisão de desvincular os jovens da administração municipal foi tomada levando-se em conta que a corporação possui meios para subsidiar sua existência. "Nós temos dinheiro em caixa, angariado em ações realizadas pela Guarda. Estamos dispensando o auxílio, pois sabemos que poderemos continuar o importante trabalho que a corporação presta à cidade". Toninho chegou a sugerir a criação de um sistema especial de aquisição dos talões de zona azul, que passariam a ser vendidos pelos guardas mirins - e parte do valor ficaria para a corporação - porém a Prefeitura ainda não sinalizou adesão à proposta.
População apoia
As dificuldades enfrentadas pelos motoristas em São Roque são bastante parecidas com as vividas por moradores das cidades que cresceram muito nos últimos anos. Além de uma área central com ruas estreitas, o município possui uma frota de mais de 37 mil veículos, para uma população de pouco mais de 70 mil habitantes. "O trânsito na cidade, como um todo, é problemático, não somente a Zona Azul", falou Paulo Ricardo, para quem a fiscalização para o uso adequado das vagas pagas é uma função difícil e complexa, especialmente em razão da cultura do povo brasileiro.
"As pessoas gostam de levar vantagem não somente nas vagas de Zona Azul mas em várias outras situações de trânsito." Para os comerciantes da região central de São Roque, a notícia de uma melhor organização de fiscalização da Zona Azul chega em boa hora. "Para nós o bom é que a vaga seja rotativa, mas não é isso que acontece", comentou Walter Rodrigues, de 55 anos, que há 30 atua no comércio local. Em frente à sua loja de artigos para bebês, as vagas sempre estão ocupadas e normalmente por carros sem o cartão. "Às vezes o cliente tem que parar muito longe. Também é ruim quando precisamos descarregar as mercadorias. Mas tem gente que não coloca o cartão e fica aqui o dia inteiro."
Como revendedor do talão, Walter diz que nos últimos meses foi difícil fiscalizar a ocupação irregular. "Nós mesmos ficamos muito tempo sem receber os talões. Se não temos para vender, como vamos cobrar?". O comerciante diz que a situação já foi regularizada e espera que a atuação da PM solucione o problema. O taxista Ademir Pereira Leite, de 55 anos, que há 25 anos trabalha pelas ruas de São Roque comentou que os agentes de trânsito da Prefeitura não são respeitados. "Neste ponto, acho que o trabalho da PM vai ajudar." Entretanto, o motorista reclama que as ações de fiscalização na cidade são, em sua opinião, "sempre só para multar". "Dia desses peguei um desvio e não tinha ninguém para orientar. Mas quando é para punir, eles sempre estão presentes. Somos uma cidade turística, a principal preocupação deveria ser orientar."
Os cartões de Zona Azul em São Roque podem ser adquiridos em grande parte do comércio da área central, na Associação Comercial e no setor de trânsito da Prefeitura. A arrecadação obtida por meio das multas e do valor pago pelos talões é revertida, pela administração municipal, em melhorias ao sistema viário da cidade.
regina.santos@jcruzeiro.com.br
A Polícia Militar de São Roque, desde ontem, atua em conjunto com agentes de trânsito do município na orientação e fiscalização das 600 vagas da Zona Azul espalhadas pela região central. A medida chega como alternativa para tentar organizar a ocupação dos espaços públicos para estacionamento de veículos, que têm sido usados de maneira irregular, já que grande parte dos motoristas não utiliza o cartão - que dá direito a uma hora de permanência na vaga, pelo preço de R$ 1 - e também não tem sido multada por não cumprir a lei.
De acordo com Paulo Ricardo da Silva, chefe do Serviço Administrativo de Trânsito, a decisão por envolver a PM no gerenciamento da Zona Azul levou em consideração um convênio já existente entre a corporação e a administração municipal para atuação dos policiais nos auxílio às questões relativas ao controle de trânsito, desde a aplicação de multas até o apoio a eventos, por exemplo. "Trabalham nessa área, na cidade, os 90 homens da PM, 50 guardas municipais e 12 agentes de trânsito", explicou Paulo.
Desde ontem, os policiais assumiram a fiscalização da utilização dos cartões e a aplicação das multas, que para o estacionamento irregular são de R$ 57,21, acrescidas de três pontos na carteira de habilitação. Cabe ainda, à PM, o gerenciamento do controle de tolerância de tempo - já que o decreto municipal 6.516, de 2008, autoriza o estacionamento gratuito na Zona Azul por até dez minutos - que até o último mês de maio era realizado com a ajuda dos jovens da Patrulha Cívica Mirim, cujo convênio com a Prefeitura também foi encerrado.
Segundo o responsável pelo grupo, Antonio Silva Dias, conhecido como Toninho Zulu, a decisão de desvincular os jovens da administração municipal foi tomada levando-se em conta que a corporação possui meios para subsidiar sua existência. "Nós temos dinheiro em caixa, angariado em ações realizadas pela Guarda. Estamos dispensando o auxílio, pois sabemos que poderemos continuar o importante trabalho que a corporação presta à cidade". Toninho chegou a sugerir a criação de um sistema especial de aquisição dos talões de zona azul, que passariam a ser vendidos pelos guardas mirins - e parte do valor ficaria para a corporação - porém a Prefeitura ainda não sinalizou adesão à proposta.
População apoia
As dificuldades enfrentadas pelos motoristas em São Roque são bastante parecidas com as vividas por moradores das cidades que cresceram muito nos últimos anos. Além de uma área central com ruas estreitas, o município possui uma frota de mais de 37 mil veículos, para uma população de pouco mais de 70 mil habitantes. "O trânsito na cidade, como um todo, é problemático, não somente a Zona Azul", falou Paulo Ricardo, para quem a fiscalização para o uso adequado das vagas pagas é uma função difícil e complexa, especialmente em razão da cultura do povo brasileiro.
"As pessoas gostam de levar vantagem não somente nas vagas de Zona Azul mas em várias outras situações de trânsito." Para os comerciantes da região central de São Roque, a notícia de uma melhor organização de fiscalização da Zona Azul chega em boa hora. "Para nós o bom é que a vaga seja rotativa, mas não é isso que acontece", comentou Walter Rodrigues, de 55 anos, que há 30 atua no comércio local. Em frente à sua loja de artigos para bebês, as vagas sempre estão ocupadas e normalmente por carros sem o cartão. "Às vezes o cliente tem que parar muito longe. Também é ruim quando precisamos descarregar as mercadorias. Mas tem gente que não coloca o cartão e fica aqui o dia inteiro."
Como revendedor do talão, Walter diz que nos últimos meses foi difícil fiscalizar a ocupação irregular. "Nós mesmos ficamos muito tempo sem receber os talões. Se não temos para vender, como vamos cobrar?". O comerciante diz que a situação já foi regularizada e espera que a atuação da PM solucione o problema. O taxista Ademir Pereira Leite, de 55 anos, que há 25 anos trabalha pelas ruas de São Roque comentou que os agentes de trânsito da Prefeitura não são respeitados. "Neste ponto, acho que o trabalho da PM vai ajudar." Entretanto, o motorista reclama que as ações de fiscalização na cidade são, em sua opinião, "sempre só para multar". "Dia desses peguei um desvio e não tinha ninguém para orientar. Mas quando é para punir, eles sempre estão presentes. Somos uma cidade turística, a principal preocupação deveria ser orientar."
Os cartões de Zona Azul em São Roque podem ser adquiridos em grande parte do comércio da área central, na Associação Comercial e no setor de trânsito da Prefeitura. A arrecadação obtida por meio das multas e do valor pago pelos talões é revertida, pela administração municipal, em melhorias ao sistema viário da cidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário