do cruzeiro do sul
Quase seis meses depois do mandado de prisão preventiva ser expedido pela Justiça de Mairinque, o vereador Alex Santos Silva (PTB) e seu assessor parlamentar Samuel Monteiro permanecem foragidos. Eles são acusados, mediante investigação da Polícia Civil e também da Promotoria Pública, de envolvimento com uma rede de tráfico, além de praticar orgias com adolescentes. O caso chocou o município na ocasião, tendo em vista que o vereador tinha sido um dos mais bem votados já em seu primeiro mandato.
O envolvimento da dupla com a criminalidade começou a ser investigada em 2009 a partir da Operação Apocalipse, que revelou a existência de ligações, com celulares da própria Câmara Municipal, a traficantes de Itapevi. As evidências se concretizaram no ano passado, durante a Operação Tarrafa. Com os indícios acatados pelos promotores Wilson Velasco Júnior e Fernanda Segatto, a juiza Camila Giorgeti decretou, em 28 de janeiro deste ano, a prisão preventiva da dupla.
Compra de drogas
De acordo com a investigação feita pela Polícia Civil sob o comando do delegado Marcelo Sampaio Pontes, com acompanhamento do Ministério Público Estadual, foi levantado que o vereador e o assessor compravam drogas de traficantes na cidade de Itapevi, e que para pegarem a mercadoria utilizavam garotas menores de idade, que depois participariam de orgias sexuais na casa do parlamentar, além, é claro, de também consumirem droga. Pelo menos uma das cinco garotas apontadas pela investigação teria confirmado a denúncia.
Com as prisões preventivas decretadas, Silva e Monteiro fugiram da cidade, e até agora não se apresentaram, sendo portanto considerados foragidos pela Justiça. Silva, eleito em 2008, foi o quarto vereador mais votado no município, com 1.100 votos. Embora ainda apareça no site da Câmara de Mairinque, Alex Silva foi afastado do cargo sem direito à remuneração, explicou o presidente da Câmara, Jorge Luiz Alves dos Santos (PMDB). (Adriane Mendes)
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