Sobrinho-neto de Temer morreu por dívida de R$ 300, diz polícia


DE SÃO PAULO

A Polícia Civil informou nesta sexta-feira ter esclarecido o assassinato do mecânico Antônio Romano Tamer Schincariol, 34, sobrinho-neto do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).
Ele foi morto com um tiro na barriga no último dia 19, em Tietê (a 143 km de São Paulo), cidade natal de Temer.
Segundo o delegado Marcelo José Carriel, o motivo do homicídio seria uma suposta dívida de R$ 300 que o mecânico tinha com um outro morador da cidade, João Augusto Teixeira, o Guto.
A investigação apurou que ambos vinham em litígio desde o ano passado em razão desse débito e chegaram a trocar ameaças em dezembro, após "calorosa" discussão.
O delegado diz ainda não ter esclarecido o motivo da dívida, que Guto vendia óculos e relógios e tem passagem na polícia por estelionato. Teixeira e um suposto comparsa, Fábio Aparecido de Souza, tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça --eles estão foragidos. Segundo a polícia, Souza já esteve preso por tráfico.
A polícia diz acreditar que pelo menos uma outra pessoa, ainda não identificada, tenha participado do crime. Telefonemas trocados entre os suspeitos serão cruzados. "Conseguimos provar que ele [Guto] estava sim no local do crime", diz o delegado.
A investigação afastou a hipótese de um crime político. Após a morte, foi divulgado que Schincariol trafegava em seu carro pela cidade quando foi baleado. Em razão do ferimento, perdeu o controle e bateu em um outro veículo.
A investigação descobriu, porém, que minutos antes de Schincariol ser baleado, Teixeira e Souza estiveram na oficina mecânica da vítima, que não estava no local.
Quando eles já deixavam a oficina, diz a polícia, o mecânico apareceu no portão do estabelecimento e teria tentado fugir de carro, quando teria sido alvo de um tiro. A bala atravessou a porta do carona, o corpo da vítima e se alojou na porta do motorista.
No dia seguinte após o crime, Teixeira foi ouvido e negou que estivesse na hora do crime. A reportagem não conseguiu contato com os defensores dos suspeitos.

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