Minas 247 - Um delator da JBS comentou como o senador Aécio Neves (PSDB-MG) tentou comprar apoio do PTB. "Para ganhar eleição, precisava comprar partidos", diz o delator. "Comprou por R$ 20 milhões o PTB, sendo R$ 4 milhões para a Bahia, mais R$ 1 milhão, em 2014, R$ 4 milhões para o Rio, origem da Cristiane Brasil e do Roberto Jefferson, mais R$ 1 milhão, R$ 3 milhões para Santa Catarina, R$ 1,5 milhão para o Rio Grande do Sul. O Mato Grosso ficava com R$ 3 milhões", diz o delator.
Segundo ele, R$ 2 milhões foram entregues em espécie na casa de Luiz Rondon, tesoureiro do PTB", acrescentou.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi gravado, pedindo R$ 2 milhões a Joesley para supostamente pagar advogados, ainda segundo Lauro Jardim. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB. Segundo a PF, que filmou a cena, o dinheiro foi depositado numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).
O tucano tratou a propina como venda de apartamento. "Foi proposta, em primeiro lugar, a venda ao executivo de um apartamento de propriedade da família. O delator propôs, entretanto, já atendendo aos interesses de sua delação, emprestar recursos lícitos provenientes de sua empresa, o que ocorreu sem qualquer contrapartida, sem qualquer ato que mesmo remotamente possa ser considerado ilegal ou mesmo que tenha qualquer relação com o setor público. Registre-se ainda que a intenção do senador sempre foi, quando da venda do apartamento, ressarcir o empresário", disse ele, em nota.
O senador também sugeriu escolher delegados da Polícia Federal para estancar a Operação Lava Jato, na conversa com o empresário Joesley Batista, da JBS. O tucano também chama o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, de "bosta do caralho" (
veja aqui).
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