Temer, sem-noção, libera R$ 13 mi para a Liesa em plena crise fiscal.

temersamba
R$ 13 milhões fazem coisa alguma nas contas federais.
O problema é que, na hora em que o governo age como alguém que, desesperadamente, cata moedas esquecidas no fundo de casacos e paletós para ir na mercearia comprar algo para jantar, as atitudes marcam mais do que os valores.
O problema do financiamento dos desfiles da escolas de samba no Rio de Janeiro vem, claramente, do esquema de negociação dos direitos de transmissão, como qualquer mega evento.
Alguém acha que uma Copa ou Olimpíada poderia se pagar com o dinheiro dos ingressos?
A Globo paga às escolas, como direito de transmissão, apenas um quarto do que fatura com publicidade.
E o seu marketing exige cada vez mais luxo e sofisticação (inclusive tecnológica) das escolas, o que eleva à estratosfera os custos dos desfiles.
O “padrão Globo”, tal como o “padrão Fifa”, é ótimo para arruinar eventos e festas populares, como fizeram com o futebol.
Temer, atrás de popularidade fácil e de votos deputados do Rio de Janeiro na votação de seu processo de afastamento, meteu a mão – e o dinheiro federal – nesta cumbuca.
Comprou, “baratinho”, uma encrenca “federal”.
Ainda mais com os serviços públicos do Rio – e os servidores mais ainda – em petição de miséria, dependendo de cestas básicas doadas para sobreviver, enquanto o Governo Federal, em nome da estabilidade fiscal – omite-se de viabilizar qualquer socorro econômico ao Estado.
Agora, cada carência vai ser tratada na base do “ah, mas pros bicheiros da escola de smaba tem dinheiro, não é?”.
Economicamente, como disse ao início, é uma mixaria.
Politicamente, uma mixórdia.
E, como propaganda, um lixo que o deixa ainda mais imundo.

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