“Temos um governo que não gosta do povo brasileiro”, afirma novo presidente da CUT


Para o metalúrgico Sérgio Nobre, desmonte das políticas públicas protagonizado por Bolsonaro é um crime contra o país. Metalúrgico do ABC encabeçou a chapa única para a direção nacional da central e foi eleito por unanimidade
Sérgio Nobre foi eleito por unanimidade na última semana durante o 13º Congresso da CUT, realizado no início de outubro em Praia Grande (SP)
Sérgio Nobre foi eleito por unanimidade na última semana durante o 13º Congresso da CUT, realizado no início de outubro em Praia Grande (SP) (Foto: Roberto Parizotti/CUT)
Brasil de Fato - A oposição à retirada dos direitos da classe trabalhadora, assim como a defesa convicta da democracia e da proteção social, continuarão a ser as principais bandeiras da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior central sindical da América Latina, fundada em 1983. 
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É o que garante Sérgio Nobre, novo presidente da maior central sindical do país, eleito por unanimidade na última semana durante o 13º Congresso da entidade. O então secretário-geral passa a ocupar o lugar de Vagner Freitas, que agora será vice-presidente da central, pelos próximos quatro anos. 
Metalúrgico do ABC, Sérgio Nobre encabeçou a chapa única para a direção nacional da central e foi eleito por unanimidade. Ao longo de quatro dias de discussão, o Concut contou com a presença de 2 mil delegados de todo país. 
Em entrevista ao Brasil de Fato, a primeira após sua eleição, Nobre critica as ofensivas do governo Bolsonaro contra o sindicatos, minando as formas de financiamento desas entidades e fragilizando a legislação que as regulariza. 
“O que está chamando de mudança na estrutura sindical, não é uma reforma. Bolsonaro está convencido de que, para destruir a oposição ao seu governo, a esquerda brasileira e os partidos de esquerda, precisa destruir a base social, que é o movimento social e sindical”, ressalta Nobre. 
Na opinião do presidente recém-eleito, as graves consequências da reforma trabalhista aprovada por Temer, assim como as mudanças na Previdência defendidas por Paulo Guedes, ministro da Economia, já impactam na vida da classe trabalhadora. 
“O desmonte de todas as políticas sociais é um grande crime. E é por isso que vemos novamente famílias inteiras irem dormir na calçada, inclusive com crianças. Um país que não oferece proteção social, é um país que leva seu povo à selvageria”, enfatiza.

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