Impasse sobre CoronaVac pode atrasar vacinação no Brasil, diz secretário de São Paulo

 


"Se nós não tivéssemos essas discussões em curso, era possível que já no início de janeiro nós estivéssemos iniciando esse esquema vacinal", afirmou o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn

João Doria, CoronaVac e Jair Bolsonaro
João Doria, CoronaVac e Jair Bolsonaro (Foto: GOVSP | Reuters | PR)
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Sputnik – O secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que o impasse com o governo federal a respeito da CoronaVac pode atrasar o processo de vacinação de brasileiros contra a COVID-19.

A declaração foi dada por Gorinchteyn em entrevista à CNN Brasil.

"Isso [prazo] vai depender dessas discussões. Esse é o grande problema. Se nós não tivéssemos essas discussões em curso, era possível que já no início de janeiro nós estivéssemos iniciando esse esquema vacinal. Frente a todas essas adversidades, talvez nós tenhamos um atraso para iniciar essa vacinação", afirmou.

O secretário disse que o conflito entre João Doria e o presidente Jair Bolsonaro é um "gol contra".

"Quando isso acontece, é como se tivéssemos um gol contra no primeiro tempo. Nós estamos indo ainda para o segundo, tem muito jogo pela frente", comentou.

O médico afirmou que o governo de São Paulo foi procurado por outros estados para a possibilidade de compra de vacinas da CoronaVac.

"Por questão de reserva, não podemos falar os estados, mas não são poucos", disse.

Nesta sexta-feira (23), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o Instituto Butantan a importar seis milhões de doses prontas, preparadas pela chinesa Sinovac.

Gorinchteyn disse que não há possibilidade de a vacina ser aplicada sem a autorização da Anvisa.

"Ninguém será vacinado se essa chancela de vacinação, de segurança, estiver cravada. Não colocaremos nenhum cidadão em risco", disse o médico.

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