Um ato simbólico e potente: uma enorme faixa foi estendida em um viaduto com a frase “Bove: respeite as mulheres!”.
Essa denúncia pública escancara a violência e o desrespeito do deputado Lucas Bove (@lucasbovesp) contra as mulheres, trazendo para a visibilidade do trânsito da cidade aquilo que tantas vezes tentam calar.
Não é de hoje que pesam sobre ele acusações. Sua ex-mulher já o denunciou por violência psicológica, ameaças, perseguições e agressões verbais. Mais recentemente, a deputada Mônica Seixas também tornou público ter sido alvo de comportamentos machistas e desrespeitosos de Bove dentro da ALESP, reforçando que o problema não se restringe ao âmbito pessoal, mas também aparece em sua atuação política.
Apesar da gravidade dos relatos, o processo contra Bove foi arquivado pela Comissão de Ética da ALESP, em mais um episódio que escancara o famoso “passa pano pra machista” dentro da política.
E se a moda pega?
Talvez passemos a ver muitos outros nomes expostos dessa forma, inclusive do campo progressista. Os famosos “esquerdomachos”.
É preciso lembrar: machismo é uma questão cultural. Não tem a ver com partido, filiação ideológica ou mesmo gênero. Há muitas mulheres que também reproduzem atitudes machistas.
Enquanto o machismo não for combatido de maneira coletiva pela sociedade, as mulheres continuarão sendo alvo de violência e desrespeito.
Essa luta deve estar presente em todos os espaços: nas ruas, nos partidos, nas escolas, no trabalho, nos sindicatos e dentro de casa.
Denunciar é um ato de coragem. Cada vez que alguém rompe o silêncio, abre caminho para que outras vítimas também possam falar.
A violência contra a mulher só será superada quando a sociedade inteira decidir não tolerá-la mais.
Nelice Pompeu

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