Neurocirurgião é suspeito de receber dinheiro público sem trabalhar.
Ele nega as acusações e diz que desenvolvia projetos em hospital.
O ex-secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude Jorge Roberto Pagura, que pediu demissão do cargo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, será investigado pela Procuradoria-Geral de Justiça do estado. Neurocirurgião de renome, ele é suspeito de receber dinheiro público da saúde sem trabalhar.
Segundo nota enviada pelo governo, Pagura pediu demissão para facilitar os esclarecimentos dos fatos mostrados em reportagem do Fantástico deste domingo (19). O governador aceitou o pedido também no domingo.
A investigação da polícia e do Ministério Público começou no Hospital Regional de Sorocaba, um dos principais do interior. Mas foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não acontecem só em Sorocaba e se espalharam por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário.
Mais de 70 profissionais de saúde foram investigados na capital paulista e no interior sob suspeita de desvio de dinheiro público. A Justiça decretou a prisão de 13 pessoas, entre elas seis médicos, dois dentistas, uma enfermeira e dois empresários. Segundo a polícia, a maioria recebia salário, mas não aparecia para trabalhar nos plantões.
O nome de Pagura apareceu durante o monitoramente do homem que foi diretor-geral do Hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado. Em 10 de dezembro, ele recebeu uma ligação de Pagura, que ainda não estava sendo investigado pela polícia. O neurocirurgião assumiria a Secretaria de Esporte de São Paulo um mês depois. O diretor propõe que Pagura assine o ponto de frequência em outro hospital. Ele aceita, mas aparenta preocupação.
O ex-secretário não quis gravar entrevista. Ele afirmou em nota que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos com verba do SUS.
Depoimentos
Nesta segunda-feira (20), a partir das 8h, o Ministério Público deve retomar os depoimentos dos presos nesta operação. Dos presos, quatro foram liberados: três por terem colaborado com a polícia e a Promotoria e um por ter habeas corpus concedido. Uma dentista é considerada foragida.
Nesta segunda-feira (20), a partir das 8h, o Ministério Público deve retomar os depoimentos dos presos nesta operação. Dos presos, quatro foram liberados: três por terem colaborado com a polícia e a Promotoria e um por ter habeas corpus concedido. Uma dentista é considerada foragida.
Segundo promotores, todos os detidos já foram ouvidos, mas os novos depoimentos são necessários para que algumas dúvidas sejam esclarecidas.
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