06/07/2011

Governador sabia que antiga diretoria do Conjunto Hospitalar era investigada, só não contava que a atual também pudesse fazer parte de plantões fantasmas e licitações direcionadas





José Luiz da Conceição/Secretaria do Estado
Alckmin, que veio à região para anunciar obras viárias, foi obrigado a falar sobre espinhosa situação envolvendo CHSAlckmin, que veio à região para anunciar obras viárias, foi obrigado a falar sobre espinhosa situação envolvendo CHS

Agência BOM DIA
De passagem pela região nesta terça-feira (05) para oficializar a duplicação do trecho da Raposo Tavares entre Araçoiaba da Serra e Itapetininga, o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, falou sobre a crise no Conjunto Hospitalar de Sorocaba.
Ele garantiu que já sabia de toda a investigação policial sobre a antiga diretoria do complexo, mas afirmou que a grande surpresa diz respeito ao ex-diretor-geral da unidade, o médico Heitor Consani, que também faria parte do esquema de fraudes. “Conseguimos mudar a diretoria, mas fomos surpreendidos pela ligação entre ela e a equipe substituta.”
O governador ainda garantiu, em tom de exigência, que todos os envolvidos no esquema de plantões fantasmas e direcionamento de licitações, serão punidos de forma exemplar.
Alckmin  também pediu atenção ao julgamento das irregularidades no CHS. “Temos que lembrar que são mais de 1.900 funcionários que trabalham  no complexo. Então, o número de envolvidos nesse escândalo chega a ser muito pequeno. Não podemos generalizar e julgar  todos de uma mesma forma.”
O governador ainda citou que o Hospital Regional hoje é considerado um dos melhores do Brasil e que serão exigidas melhorias e investimentos. “No total, serão mais de R$ 72 milhões para a saúde do CHS, instalação de ponto eletrônico e câmeras de vigilância interna.”
Pagura / Sobre o envolvimento do ex-secretário estadual de Esportes, Jorge Pagura, que também é médico e ganhava por plantões não dados no Hospital Regional, o governador foi enfático: “Jamais ele recebeu qualquer quantia do governo estadual, mas sim do governo federal, já que ele era tido como um funcionário à serviço do SUS (Sistema Único de Saúde)”, explicou.
EXPOSIÇÃO / O governador do estado de São Paulo ainda alertou para a exposição e repercussão “espetaculosa” que o assunto ganhou. “A Secretaria Estadual da Saúde sabe do conteúdo do processo através da mídia, jornais, rádio e televisão. Não sabemos de mais nenhum detalhe. Se o caso corre em segredo de justiça, não é correto que informações e detalhes do caso investigado sejam passados para a imprensa, como estamos presenciando.”

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