José Luiz da Conceição/Secretaria do Estado
Alckmin, que veio à região para anunciar obras viárias, foi obrigado a falar sobre espinhosa situação envolvendo CHS
Agência BOM DIA
De passagem pela região nesta
terça-feira (05) para oficializar a duplicação do trecho da Raposo Tavares
entre Araçoiaba da Serra e Itapetininga, o governador do estado de São Paulo,
Geraldo Alckmin, falou sobre a crise no Conjunto Hospitalar de Sorocaba.
Ele garantiu que já sabia de toda a
investigação policial sobre a antiga diretoria do complexo, mas afirmou que a
grande surpresa diz respeito ao ex-diretor-geral da unidade, o médico Heitor
Consani, que também faria parte do esquema de fraudes. “Conseguimos mudar a
diretoria, mas fomos surpreendidos pela ligação entre ela e a equipe substituta.”
O governador ainda garantiu, em tom de
exigência, que todos os envolvidos no esquema de plantões fantasmas e
direcionamento de licitações, serão punidos de forma exemplar.
Alckmin também pediu atenção ao
julgamento das irregularidades no CHS. “Temos que lembrar que são mais de 1.900
funcionários que trabalham no complexo. Então, o número de envolvidos
nesse escândalo chega a ser muito pequeno. Não podemos generalizar e julgar
todos de uma mesma forma.”
O governador ainda citou que o Hospital
Regional hoje é considerado um dos melhores do Brasil e que serão exigidas
melhorias e investimentos. “No total, serão mais de R$ 72 milhões para a saúde
do CHS, instalação de ponto eletrônico e câmeras de vigilância interna.”
Pagura / Sobre o envolvimento do ex-secretário
estadual de Esportes, Jorge Pagura, que também é médico e ganhava por plantões
não dados no Hospital Regional, o governador foi enfático: “Jamais ele recebeu
qualquer quantia do governo estadual, mas sim do governo federal, já que ele
era tido como um funcionário à serviço do SUS (Sistema Único de Saúde)”,
explicou.
EXPOSIÇÃO / O governador do estado de São Paulo
ainda alertou para a exposição e repercussão “espetaculosa” que o assunto
ganhou. “A Secretaria Estadual da Saúde sabe do conteúdo do processo através da
mídia, jornais, rádio e televisão. Não sabemos de mais nenhum detalhe. Se o
caso corre em segredo de justiça, não é correto que informações e detalhes do
caso investigado sejam passados para a imprensa, como estamos presenciando.”
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