Wellington,
companheiro de Luciene da Silva, irmã mais velha de uma das meninas mortas,
teria assassinado as duas crianças sob o efeito de drogas, depois de ser visto
por uma delas enquanto furtava residência
Gilson Hanashiro/Agência BOM DIA
No dia do crime, policiais perceberam que o cadeado que estava no portão
da casa de Maiara havia sido aberto sem arrombamento. Ou o autor possuía a
chave, ou as meninas o conheciam suficientemente bem para autorizar sua entrada
à residência. Segundo a mãe
Rodrigo Rainho
Agência BOM DIA
Agência BOM DIA
A DIG (Delegacia de
Investigações Gerais) prendeu nesta quarta-feira (13) à tarde o suspeito
de assassinar a facadas as meninas Maiara Natalie da Silva, 8 anos, e Nicole
Mayra da Silva Nogueira, 9, no Jardim Betânia, zona norte de Sorocaba, na manhã
de segunda-feira. Identificado apenas como Wellington, o rapaz teria 20
anos e é companheiro de Luciene da Silva, irmã de Maiara. Ele estaria sob
o efeito de drogas no momento do crime.
Wellington vivia na
casa ao lado de onde morava Maiara. Policiais que tiveram acesso ao acusado e
falaram com a imprensa do lado de fora da delegacia disseram que ele
teria entrado na casa onde Maiara e a amiga Nicole dormiam para furtar objetos.
Dependente de drogas, ele estaria à procura de algo que pudesse ser trocado por
entorpecentes. Quando estava na casa invadida, ele teria sido surpreendido por
uma das crianças.
Apavorado com o
flagrante, Wellington teria pego uma faca na cozinha, ido ao quarto onde
as vítimas dormiam e matado ambas com golpes no pescoço e na cabeça. Segundo a
análise dos corpos, as meninas não teriam reagido, uma vez que nesse tipo de
caso, quando há defesa, os ferimentos concentram-se também nos braços das
vítimas. Uma das meninas, sofreu mais: depois de ver a amiga ser morta ela
urinou-se de medo.
Sangue /Uma calça com manchas de sangue – e a chave do cadeado do portão da casa
de Maiara no bolso – foi encontrada nesta quarta-feira (13) pela DIG em
um terreno baldio próximo à cena do crime. A polícia chegou à calça após
receber uma ligação anônima.
A chave teria sido
determinante para apontar o suspeito, já que sua companheira Luciene tinha a
tinha justamente para entrar na casa de sua mãe e cuidar de Maiara.
Wellington foi surpreendido quando estava em delegacia
Os policiais civis
não precisaram ir ao encontro de Wellington para realizar a prisão, pois quando
sua calça foi localizada ele estava na Delegacia de Investigações Gerais
acompanhando parentes de Maiara que prestavam depoimento a fim de fornecer
pistas para a investigação.
Nesta quarta-feira
(13) os policiais já haviam levantado que Erci Cochera da Silva, mãe de Maiara,
havia se dado conta do desaparecimento de um molho de chaves onde, entre
outras, havia a que abria o portão de sua residência.
De simples acompanhante
a interrogado, Wellington não teria resistido à pressão e confessado o crime.
Segundo um dos policiais da DIG, ele teria dito que no momento das mortes
estava “noiado”, o que, na gíria do tráfico, quer dizer sob o efeito de drogas.
Segundo os policiais, Wellington procurava se manter por dentro da
investigação, acompanhando perícias e depoimentos, para descobrir se as
autoridades estavam chegando à solução do crime.
Cena do crime é isolada pela DIG
A casa da mãe de Maiara Natalie da Silva, Erci Cuchera, está vazia. A dona de casa saíu do imóvel e permanece com parentes. O local foi novamente periciado pela Polícia Científica nesta quarta-feira (13)
A casa da mãe de Maiara Natalie da Silva, Erci Cuchera, está vazia. A dona de casa saíu do imóvel e permanece com parentes. O local foi novamente periciado pela Polícia Científica nesta quarta-feira (13)
Polícia teme linchamento
Duas viaturas da Polícia Militar faziam a guarda da DIG nesta quarta-feira (13) à noite, logo após a prisão de Wellington. Fontes ligadas à Polícia Civil revelaram que as autoridades temiam que a notícia da prisão se espalhasse pelo bairro das vítimas, fazendo com que moradores fossem à unidade para tentar linchar o suspeito
Duas viaturas da Polícia Militar faziam a guarda da DIG nesta quarta-feira (13) à noite, logo após a prisão de Wellington. Fontes ligadas à Polícia Civil revelaram que as autoridades temiam que a notícia da prisão se espalhasse pelo bairro das vítimas, fazendo com que moradores fossem à unidade para tentar linchar o suspeito
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