14/07/2011

Polícia prende suspeito de matar as meninas



Wellington, companheiro de Luciene da Silva, irmã mais velha de uma das meninas mortas, teria assassinado as duas crianças sob o efeito de drogas, depois de ser visto por uma delas enquanto furtava residência


Gilson Hanashiro/Agência BOM DIA
No dia do crime, policiais perceberam que o cadeado que estava no portão da casa de Maiara havia sido aberto sem arrombamento. Ou o autor possuía a chave, ou as meninas o conheciam suficientemente bem para autorizar sua entrada à residência. Segundo a mãe

No dia do crime, policiais perceberam que o cadeado que estava no portão da casa de Maiara havia sido aberto sem arrombamento. Ou o autor possuía a chave, ou as meninas o conheciam suficientemente bem para autorizar sua entrada à residência. Segundo a mãe
Rodrigo Rainho
Agência BOM DIA
A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) prendeu  nesta quarta-feira (13) à tarde o suspeito de assassinar a facadas as meninas Maiara Natalie da Silva, 8 anos, e Nicole Mayra da Silva Nogueira, 9, no Jardim Betânia, zona norte de Sorocaba, na manhã de segunda-feira. Identificado apenas como  Wellington, o rapaz teria 20 anos e é companheiro de Luciene da Silva,  irmã de Maiara. Ele estaria sob o efeito de drogas no momento do crime.
Wellington vivia na casa ao lado de onde morava Maiara. Policiais que tiveram acesso ao acusado e falaram com a  imprensa do lado de fora da delegacia disseram que ele teria entrado na casa onde Maiara e a amiga Nicole dormiam para furtar objetos. Dependente de drogas, ele estaria à procura de algo que pudesse ser trocado por entorpecentes. Quando estava na casa invadida, ele teria sido surpreendido por uma das crianças.
Apavorado com o flagrante, Wellington  teria pego uma faca na cozinha, ido ao quarto onde as vítimas dormiam e matado ambas com golpes no pescoço e na cabeça. Segundo a análise dos corpos, as meninas não teriam reagido, uma vez que nesse tipo de caso, quando há defesa,  os ferimentos concentram-se também nos braços das vítimas. Uma das meninas, sofreu mais: depois de ver a amiga ser morta ela urinou-se de medo.
Sangue /Uma calça com manchas de sangue – e a chave do cadeado do portão da casa de Maiara  no bolso – foi encontrada nesta quarta-feira (13) pela DIG em um terreno baldio próximo à cena do crime. A polícia chegou à calça após receber uma ligação anônima.
A chave teria sido determinante para apontar o suspeito, já que sua companheira Luciene tinha a tinha justamente para entrar na casa de sua mãe e cuidar de Maiara.
Wellington foi surpreendido quando estava em delegacia
Os policiais civis não precisaram ir ao encontro de Wellington para realizar a prisão, pois quando sua calça foi localizada ele estava na Delegacia de Investigações Gerais acompanhando parentes de Maiara que prestavam depoimento a fim de fornecer pistas para a investigação.
Nesta quarta-feira (13) os policiais já haviam levantado que Erci Cochera da Silva, mãe de Maiara, havia se dado conta do desaparecimento de um molho de chaves onde, entre outras, havia a que abria o portão de sua residência.
De simples acompanhante a interrogado, Wellington não teria resistido à pressão e confessado o crime. Segundo um dos policiais da DIG, ele teria dito que no momento das mortes  estava “noiado”, o que, na gíria do tráfico, quer dizer sob o efeito de drogas. Segundo os policiais, Wellington procurava se manter por dentro da investigação, acompanhando perícias e depoimentos, para descobrir se as autoridades estavam chegando à solução do crime.
Cena do crime é isolada pela DIG
A casa da mãe de Maiara Natalie da Silva, Erci Cuchera, está vazia. A dona de casa saíu do imóvel e permanece com parentes. O local foi novamente periciado pela Polícia Científica nesta quarta-feira (13)
Polícia teme linchamento
Duas viaturas da Polícia Militar faziam a guarda da DIG nesta quarta-feira (13) à noite, logo após a prisão de Wellington. Fontes ligadas à Polícia Civil revelaram que as autoridades temiam que a notícia da prisão se espalhasse pelo bairro das vítimas, fazendo com que moradores fossem à unidade para tentar linchar o suspeito

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