Assembleia terá semestre agitado




Fabio Serapião
 Após 31 dias de descanso durante o recesso parlamentar, os 94 deputados estaduais voltam hoje ao trabalho na Assembleia Legislativa (Alesp). Eles terão pela frente um segundo semestre no mínimo mais movimentado que o anterior – quando singelos 57 projetos foram votados.
Enquanto os arranjos políticos para as eleições municipais de 2012 (leia ao lado) se colocam como tema central na base e na oposição, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energia, o veto do governador Geraldo Alckmin à regionalização do orçamento, guerra fiscal e o aumento do salários dos policiais prometem esquentar as discussões no Plenário Juscelino Kubitschek.
Para evitar que a base governista consiga imprimir um ritmo lento nas votações e na rotina da Alesp, a bancada do PT irá se reunir ainda esta semana para definir uma estratégia de ação. Com o objetivo de pressionar mais o Palácio dos Bandeirantes, os petistas pretendem cobrar explicações sobre os seguidos problemas nos setores elétrico e de saneamento e, também, mais agilidade nos investimentos.
Descontente com o veto do governador Geraldo Alckmin a regionalização do orçamento paulista – aprovada, por unanimidade, junto com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012 no final de junho e vetada durante o recesso – , o líder da bancada do PT, Ênio Tatto, afirma que a oposição irá cobrar explicações sobre as representações protocoladas no ao Ministério Público Estadual pelo líder da “Minoria”(bloco de oposição na casa), João Paulo Rillo.
Os documentos pedem explicações sobre possíveis irregularidades em contratos da Sabesp com empresas de ex-diretores e se basearam em três reportagens publicadas pelo Jornal da Tarde.
Base
Deixando de lado qualquer possibilidade de a base travar ou desacelerar o ritmo de trabalho da Assembleia, o tucano Pedro Tobias prevê um semestre bem mais movimentado que o anterior e descarta possíveis complicações para os governistas na CPI da Energia. “No caso dos problemas no setor elétrico, o secretario José Aníbal foi firme ao afirmar que a Aneel tem que fiscalizar. Sobre a regionalização(do orçamento), a medida do governador foi sábia”, argumentou o deputado.
Para garantir a união da base, o líder governo, deputado Samuel Moreira (PSDB), programa, já para esta semana, uma reunião com os líderes para traçar as “prioridades”.

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