Editorial



Jornal da Estância

Estamos assistindo nos últimos dias o descaso com que o cidadão brasileiro é tratado.
No Rio de Janeiro três prédios desabaram como se fossem feitos de papel. Até agora quando escrevo esse editorial, dezessete corpos foram encontrados e oito continuam desaparecidos. Na mídia uma série de “entendidos” aparecem depois da casa arrombada  com suas considerações mirabolantes.  Nesta mesma época no ano passado, as chuvas castigaram a região serrana do Rio e a história se repete...  A falta de respeito dos governos com os cidadãos já se tornou uma máxima. Pergunto: quanto foi investido para minimizar o problema das famílias afetadas pela chuva? E aí incluo o Governo Federal, Estadual e Municipal.   Promessas e mais promessas que com certeza nunca vão sair do papel.
Em São José dos Campos, a Polícia Militar a mando do Governo paulista efetuou uma desocupação desastrada desalojando 6000 pessoas de uma comunidade no bairro do Pinheirinho, instaladas ali há mais de seis anos.  A origem daquele terreno passa pelo espólio de uma família que não tinha herdeiros, que segundo informações de historiadores havia sido assassinada na década 60, e acabou caindo nas mãos do Grupo Selecta, pertencente “megainvestidor” Naji Nahas (aquele mesmo que em 1989 provocou a quebra da bolsa de valores do Rio de Janeiro provocando um prejuízo de mais de R$ 400.000.000,00). Esse mesmo “senhor”  foi condenado a 24 anos de prisão e mais multa de R$ 730.000,00.
A decisão, porém, foi revertida. Em 2004, a Justiça Federal do Rio o inocentou de crime contra o sistema financeiro e a economia popular.
Dentro desse contexto, ainda podemos enumerar a ação desastrada do poder público na área da cracolândia em São Paulo.
O que podemos dizer de um governo que deveria representar e defender os interesses do povo, mas age em favor dos poderosos.
Chegamos a uma triste conclusão; que por maiores as mudanças implementadas no País nos últimos anos, a corda continua arrebentando do lado mais fraco.
Então fica a constatação; salvem-se quem puder.



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