Marcha das Vadias acontece hoje em SP e em mais 13 cidades do país



Folha de São Paulo

A segunda edição da Marcha das Vadias, movimento mundial de protesto contra violências às mulheres, acontece neste sábado em São Paulo. A concentração está marcada para as 13h na praça do Ciclista, na avenida Paulista.
Antes da saída para a marcha, haverá uma oficina de cartazes e a concentração de uma bateria de escola de samba, programadas para ocorrer às 10h.
Este ano a mobilização é nacionalmente organizada, e ocorre no mesmo dia em outras 13 cidades, entre elas Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Salvador.
Em algumas localidades, como em Araraquara, o evento já foi realizado ou só vai ocorrer após a data nacional, totalizando ao menos 22 manifestações em 2012. A lista completa está no blog da organização.
Carlos Cecconello-04.jun.2011/Folhapress
Primeira edição da Marcha das Vadias no ano passado, na av. Paulista
Primeira edição da Marcha das Vadias no ano passado, na av. Paulista
Para o ano que vem, já começam as primeiras articulações para a unificação da marcha entre países da América Latina.
A mobilização pretende chamar a atenção aos diversos tipos de violência sofridos cotidianamente pelas mulheres, seja verbal, física ou sexual --como o assédio nas ruas das cidades, violência psicológica, ameaças, espancamentos, estupros e assassinatos.
Um dos principais problemas combatidos pela marcha é a responsabilização das vítimas pela violência sofrida, que amplia o sentimento de humilhação, desestimula denúncias e reduz a possibilidade de punição aos agressores.
SÃO PAULO
Em 2011, a marcha aconteceu no dia 04 de junho e reuniu cerca de 300 pessoas na praça do Ciclista, entre a av. Paulista com a rua da Consolação, segundo estimativa da Polícia Militar. Na página do Facebook, mais de 6.000 pessoas haviam confirmado presença no evento.
A organizadora do evento em São Paulo, Madô Lopez, disse em seu blog que já foi insultada pelas roupas que usava, em cantadas e gracinhas feitas por homens.
"Chega de sermos recriminadas e discriminadas nas ruas porque usamos saias, leggings, regatas, vestidos justos, chega de sermos reprimidas e intimidadas porque somos mulheres, porque somos femininas e porque queremos nos sentir sensuais, bora pras ruas mulherada! Não é porque uso saia que sou puta!", escreve ela.

Marcha das Vadias

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Carlos Cecconello/Folhapress
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