Folha.com
Os profissionais que filmaram e divulgaram na internet uma cirurgia para a retirada de um peixe de dentro de um paciente, feita no Hospital Universitário de Londrina, no norte do Paraná, são investigados pelo CRM (Conselho Regional de Medicina) do Estado por quebra do código de ética médica. Eles podem até perder a licença.
O vídeo, feito sem a autorização do paciente ou de sua família, foi parar na internet no início do mês.
A cirurgia, em 20 de abril, retirou um peixe do ânus do paciente, via abdome.
Na gravação, é possível ver dezenas de pessoas dentro da sala de cirurgia, muitas delas tirando fotos ou gravando a cena com celulares.
Em determinado ponto da gravação, o homem que gravou o vídeo afirma: "Cara, isso aqui é pra história" e "já mandei a foto por e-mail". Muitos gritam e fazem exclamações de nojo.
A UEL (Universidade Estadual de Londrina), responsável pelo hospital, informa que abriu uma sindicância.
O CRM só poderá punir os médicos comprovadamente envolvidos no episódio.
Caso outros profissionais de saúde, como enfermeiros, ou até estudantes de medicina tenham sido responsáveis pela divulgação do vídeo, a punição deverá ser imposta por outras instâncias.
A universidade repudiou o fato e afirmou que o uso de máquinas fotográficas ou celulares no centro cirúrgico é proibido.
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