Vereadores querem volta das sacolinhas plásticas em SP


Câmara discute votar novas propostas que permitam volta das embalagens nos supermercados


Diego Zanchetta e Rodrigo Burgarelli
Medida contra distribuição de sacolinhas plásticas foi aprovada há um ano - Reprodução
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Medida contra distribuição de sacolinhas plásticas foi aprovada há um ano
 Um ano após aprovar o fim das sacolinhas plásticas em São Paulo, a Câmara Municipal discute votar novas propostas que permitem a volta dessas embalagens nos supermercados da capital. Dois projetos protocolados nesta semana pelos vereadores Dalton Silvano (PV), da base governista, e Francisco Chagas (PT), da oposição, ganharam força entre outras lideranças da Casa nos últimos dias e podem ser votadas nas próximas sessões.
 
Na reunião de líderes da segunda-feira, esse foi o principal assunto debatido entre os vereadores. Silvano argumentou que a Casa não podia deixar de discutir esse assunto já que uma pesquisa divulgada nesta semana mostra que 69% dos paulistanos é a favor da volta das sacolinhas nos supermercados. O presidente da Câmara, José Police Neto (PSD), é contrário à volta e acha que essa questão não deve ser colocada em plenário.

O outro grande defensor da volta das sacolas é o petista Francisco Chagas. "Eu já tinha alertado desde o ano passado, que não deveria ter sido de uma hora para a outra. Não são as sacolinhas que vão resolver os problemas ambientais. Isso é uma demanda da população e nós precisamos ouvi-la", afirmou. Ele foi um dos poucos vereadores a criticar abertamente o fim das sacolas plásticas no ano passado. 

A articulação pró-sacolinhas ocorre justamente no momento no qual a Mesa Diretora da Casa entrou com recurso judicial contra uma liminar que suspende temporariamente a lei que proíbe as sacolas. A suspensão foi concedida pela Justiça paulista a pedido de uma associação de supermercados da capital. 

"A Casa tem que defender um projeto que é seu", justificou o presidente José Police Neto (PSD). Marco Aurélio Cunha (PSD), seu colega de partido, também é favorável à manutenção da proibição. "As pessoas já estão se acostumando a levar sacolas para o mercado. Por esse motivo, para que retroagir dessa forma? A gente não vê mais aqueles mares de sacolinha nas ruas entupindo as bocas de lobo como havia antes."

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