O forte calor que tem feito em Brasília não impediu que mais de 10 mil pessoas participassem do Grito dos Excluídos, manifestação popular ocorrida em todo o Brasil neste 7 de setembro. Para o ano de 2016, além das pautas habituais dos movimentos sociais presentes, o grito de #ForaTemer e #DiretasJá veio para fortalecer o ato.
A concentração começou às 8h30 no Museu Nacional da República. Oficinas de cartazes, batuque e pintura ajudaram a animar o início do ato, que partiu em marcha rumo ao Congresso Nacional logo após o término do desfile militar do 7 setembro.
Na passeata, a diversidade que marca a nossa população. Pessoas de todas as cores, gêneros e credos marchando unidas contra a redução de direitos que o governo do presidente golpista Michel Temer representa. Em comum, a disposição em lutar pela democracia.
Diferentemente da quarta-feira 31 de agosto, a Polícia Militar manteve-se calma, sem distribuir agressões gratuitas contra quem se manifestava pacificamente. Ainda que tenham bloqueado o início da passeata, após negociação a marcha pôde seguir o seu trajeto sem maiores problemas.
Ao longo da caminhada, muitas falas e gritos de ordem contra os golpistas. Lideranças se revezaram no carro de som, passando os recados dos movimentos sociais para a militância e demais pessoas presentes na Esplanada no dia de hoje.
Os movimentos presentes no Grito dos Excluídos também agitaram a manifestação. Com muita música e performance, deram um colorido especial ao ato, manifestando a insatisfação popular com criatividade e magia.
Ao chegar ao gramado em frente ao Congresso Nacional, os coletivos presentes ocuparam seus lugares e estenderam diversas faixas com recados ao governo golpista. Na junção das baterias, uma imensa ciranda foi organizada para a dispersão do ato. Dessa vez, sem violência policial.
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