A série de eventos foi iniciada com a entrega de obras de arte restauradas e destacada a importância de se preservar a memória do País
Os eventos em memória dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023 foram iniciados, nesta quarta-feira (8/1), com a reintegração ao Palácio do Planalto das obras de artes destruídas por vândalos. O primeiro discurso foi o da primeira-dama, Janja Lula, que afirmou que o País não aceita mais autoritarismo e a democracia deve ser defendida e reforçada diariamente.
“A vontade do povo brasileiro de lutar pelas liberdades democráticas junto da união das nossas instituições impediram a perpetração de um golpe de estado há dois anos. O País não aceita mais o autoritarismo. O que aconteceu nessa Praça dos Três Poderes precisa estar na nossa memória, na memória do País, como um alerta de que a democracia deve ser defendida diariamente, não importa o esforço”, disse.
Janja ressaltou a importância do restauro das obras para a preservação da cultura e da memória que, segundo ela, é um dos alicerces da identidade de um povo. “A memória é um antídoto contras as tentações autoritárias, por isso preservar nosso patrimônio histórico é tão importante para sempre nos lembrarmos daquilo que fomos e dos caminhos que devemos trilhar para construirmos um amanhã em que todos os brasileiros tenham vez e voz”.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, relatou que visitou o prédio do Supremo Tribunal Federal após os atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023 e constatou a destruição que foi classificada por ela como inexplicável.
“A democracia venceu e a cultura resistiu”, disse a ministra. “Estamos aqui para reafirmar que a democracia permanece firme e a liberdade e a justiça continuam guiar nossos caminhos”, completou.
Margareth Menezes celebrou a recuperação das obras e detalhou o trabalho conjunto entre instituições e profissionais para devolver à sociedade o patrimônio cultural.
Na cerimônia, o presidente Lula e demais autoridades presentes conferiram o resultado do restauro do relógio do século XVII, que pertenceu a Dom João VI e é uma das obras mais antigas que compõem o acervo da Presidência da República. E também da ânfora italiana em cerâmica esmaltada que estava com 180 fragmentos catalogados após os ataques.
Confira as listas completa das obras restauradas devolvidas ao acervo da Presidência.
Em seguida, no terceiro andar do Palácio do Planalto, foi feito o descerramento da obra As Mulatas, de Di Cavalcanti. Cinco alunos do Projeto de Educação Patrimonial entregaram ao presidente Lula réplicas que produziram da ânfora e de As Mulatas.
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