Rio de Janeiro, 8 de agosto de 2025 - A decisão do Conselho de Administração (CA)
da Petrobrás de voltar a atuar no setor de distribuição, inicialmente com o gás
de cozinha, é estratégica e marca o fortalecimento da empresa em atividade de
forte impacto na vida dos brasileiros, como o GLP.
A medida anunciada pela Petrobrás
na noite da quinta-feira, 7, após reunião do CA, representa uma vitória dos
trabalhadores e bandeira de luta da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que
contribuiu para a inclusão da proposta no plano de governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e pautou o tema na Equipe de Transição e no Conselho de
Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão.
“Agora, falta deliberar sobre a
volta definitiva à distribuição e comercialização de gasolina, diesel, álcool e
lubrificantes que era feita pela BR Distribuidora, e enfrentar na Justiça o
contrato draconiano que foi assinado na privatização dessa que era a 5ª maior
empresa do Brasil no setor de distribuição”, afirmou o coordenador-geral da
FUP, Deyvid Bacelar.
Segundo a Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nas refinarias da Petrobrás, nos
últimos 28 meses (entre janeiro de 2023 e abril de 2025), o valor do diesel
apresentou uma redução de 23,9%. Já a gasolina e o GLP, no mesmo período,
tiveram quedas de, respectivamente, 2,2% e 17%.
Apesar disso, as reduções de
preços nas refinarias não foram integralmente repassadas pelas distribuidoras
ao consumidor final. No mesmo período, a gasolina apresentou um aumento de
25,5% nos preços, enquanto o diesel S10 e o GLP tiveram reduções de apenas 2,3%
e 0,7%, respectivamente.
A mesma tendência foi observada
de janeiro de 2023 a 5 de agosto de 2025, quando o preço da gasolina nas
refinarias da Petrobrás caiu 6,5%. No diesel, a queda foi de 26,6%, e no gás de
cozinha houve um recuo de 6,9%. Enquanto isso, o preço da gasolina ao
consumidor aumentou 21,1%. O diesel caiu apenas 7,4% e o gás de cozinha
diminuiu somente 0,6%.

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