Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Organização Mundial de Meteorologia (cuja sigla em inglês é
WMO) identificou um aumento na destruição na camada no Ártico. A perda é
considerada inédita, mas não inesperada. A principal causa da
destruição é a elevação no uso de produtos químicos presentes em
aerossóis, geladeiras e extintores de incêndio. A camada de ozônio é a
que protege a vida no planeta dos efeitos nocivos dos raios
ultravioleta.
O aumento da quantidade de gases de efeito estufa geram altas
temperaturas na superfície da terra. Desde o final de março, a região
considerada mais afetada pela destruição da camada de ozônio estende-se
entre a Groenlândia e a Escandinávia. As medições mostram que a perda de
ozônio ocorre entre 15 e 23 quilômetros acima do solo. Na região, mais
de dois terços do ozônio foram destruídos até o momento.
De acordo com os cientistas, a tendência é que a radiação de raios
ultravioleta não aumente nas regiões mais frias com mesma intensidade
que nas áreas tropicais. Os raios ultravioleta (UV-B) têm sido
associados ao aparecimento de câncer de pele, catarata e danos ao
sistema imunológico humano.
O estudo divulgado hoje (5) informa ainda que a destruição do ozônio
estratosférico é mais intensa nas regiões polares, quando as
temperaturas caem abaixo de – 78 graus Celsius (ºC). "A perda de ozônio,
pela experiência, depende das condições meteorológicas. A perda de
ozônio em 2011 mostra que temos de permanecer vigilantes e manter um
olhar atento sobre a situação no Ártico nos próximos anos ", disse o
secretário-geral da organização, Michel Jarraud.
Um acordo internacional, firmado por vários países, define uma série de
medidas para a recuperação da camada de ozônio. As medidas incluem
iniciativas que devem ser implementadas até 2060.
Sem o Protocolo de Montreal, segundo os especialistas, a destruição na
camada de ozônio poderia ser mais intensa. De acordo com os peritos, a
lenta recuperação da camada de ozônio se deve ao fato de que as
substâncias que a destroem permanecem na atmosfera por várias décadas.
A camada de ozônio fica na estratosfera, que é a segunda maior
cobertura da atmosfera. Na Antártida, a destruição na camada de ozônio
aumenta no período da primavera devido à existência de temperaturas
extremamente baixas na estratosfera.
No Ártico, as condições meteorológicas variam mais de um ano para o
outro, e as temperaturas são mais quentes do as registradas na
Antártida. Os invernos árticos, de acordo com os cientistas, não
apresentam perdas na camada de ozônio, enquanto as temperaturas frias na
estratosfera do Ártico causam destruição.
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