“Contaminadas pela paixão política, pelo discurso ideológico, baseadas em dados distorcidos e sem amparo na realidade”, afirma promotor
Agência BOM DIA
As supostas
irregularidades apontadas pelo Flamas, tendo por base um material elaborado
pelo professor Marcos Garcia, da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos,
câmpus de Sorocaba), sempre foram contestadas pelos hospitais psiquiátricos.
Em seu relatório, o
promotor Jorge Marum faz o que ele mesmo classifica como “uma breve digressão
sobre o chamado Movimento Antimanicomial”, lembrando que o próprio uso da
expressão “manicômio” é pejorativa e em desuso.
O promotor lembra que, no início da década de 1970, a Itália
promoveu uma reforma psiquiátrica que culminou com o fechamento dos hospitais
psiquiátricos daquele país e que “fracassou fragorosamente”.
Diz o promotor que “a moda chegou tardiamente ao Brasil” e que os
lutadores antimanicomiais partem de premissas falsas, “muitos sem nunca ter
visitado um hospital psiquiátrico na vida”, e que os hospitais hoje trabalham com modernos
protocolos de medicina e são fiscalizados por diversos órgãos governamentais.
Marum fala também da
preocupação com a “intensa agitação produzida pelo Flamas em Sorocaba,
fortemente apoiada por políticos locais ... e por órgãos federais de
fiscalização”, descrevendo ser “inegável a politização do tema”, com objetivo
de demonizar hospitais psiquiátricos e atingir politicamente o atual governo
municipal. O documento do promotor faz referência também a um relatório, que
ele chamou de “consistente” elaborado produzido por especialistas da área de
saúde mental da prefeitura, apresentando os esclarecimentos e descortinando as
distorções existentes no trabalho do Flamas. “O Ministério Público e outros
órgãos de Estado devem se acautelar para que não sejam transformados em
instrumentos de luta político-partidária e exploração política do sofrimento
dos doentes mentais”, acentua o promotor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário