Imagens e foto de Leandro Moraes, Mídia Ninja
Sobre a violência policial na manifestação em São Paulo
A ARTIGO 19 condena a violência policial empregada contra manifestantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e da Frente Povo Sem Medo que participaram de um ato público ontem (1) em São Paulo.
A violência ocorreu após o término do ato, quando manifestantes ocuparam o escritório regional da Presidência da República para protestar contra medidas do governo.
A Polícia Militar, que se encontrava no local com um efetivo desproporcional, reagiu com força exagerada e desnecessária.
Diversas pessoas que estavam na região sem apresentar nenhum tipo de resistência ou agir de maneira ilegal foram agredidas a golpes de cassetetes, spray de pimenta, bombas de gás lacrimogêneo e bala de borracha.
Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra uma mulher que, mesmo sozinha e sem demonstrar animosidade, foi imobilizada com um “mata leão” por um policial homem de maneira excessivamente violenta.
Jornalistas e midiativistas que registravam a manifestação também foram agredidos, em ação que viola a liberdade de imprensa e de informação.
Ao menos seis pessoas foram detidas. Para justificar as detenções, a Polícia Militar alegou “crime de desacato”, prática recorrentemente utilizada de forma arbitrária e que é alvo de críticas pela sociedade civil e também por organismos internacionais.
A ARTIGO 19 se une a diversas outras organizações e militantes dos direitos humanos para cobrar um posicionamento da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo sobre as violações registradas ontem e reafirma seu compromisso de atuar pelo fim dos episódios de violência policial em manifestações.
Da infectologista Erika Fontana Sampaio ao G1, comentando sua prisão:
Resistência com a polícia não teve. Não tem como resistir com dois caras te segurando o pescoço. Teve, sim, é indignação. Teve uma confusão, empurra-empurra e, de repente, eu estava caída no chão. Acho que alguém me derrubou no chão e de repente o policial estava dando um mata-leão. Sinceramente foi uma prisão arbitrária.
A leitura dos comentários feitos no Facebook do portal da Globo deixa clara a profundidade com a qual a barbárie tomou conta do Brasil.
Não é de estranhar o grande número de pessoas que defende os estupradores do Rio nas redes sociais.
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