É inacreditável o que ocorre no Judiciário brasileiro.
Ontem à noite, o ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, do Tribunal Superior Eleitoral mandou soltar o ex-governador Anthony Garotinho, estranhamente preso após decisão de primeira instância por um juiz de Campos.
A Justiça fluminense, cujo ódio a Garotinho é notório, simplesmente “faz que não viu” a ordem e nem sequer expede a Campos o ofício necessário à soltura.
“Não deu tempo de analisar”, escusa-se a desembargadora do TRE do Rio, dona Cristina Feijó.
O Tribunal prorroga, para seu prazer sádico, a prisão que está revogada. Realiza, assim, os seus “instintos mais primitivos”.
Além de torcer a lei como bem deseja, dá-se ao luxo de postergar o cumprimento da defesa do bem mais precioso da humanidade, a liberdade.
Sempre tarda e sempre falha, agora a Justiça tarda e fala para satisfazer seus desejos.
Garotinho se tornou um destes desejos, o mais mórbido deles.
Como já disse hoje, quando não se é capaz de defender a aplicação da lei para seus adversários políticos, ninguém tem o direito de se afirmar um democrata.
Certos – e hoje, infelizmente, muitos – juízes não o têm.
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