247 - "A Folha de S. Paulo criticou a decisão de um juiz de primeira instância que, por meio de liminar, proibiu a posse da deputada federal Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, como ministra do Trabalho", reforça o jornalista Joaquim de Carvalho, no Diario do Centro do Mundo.
O blogueiro reitera o que o jornal escreveu em um dos editoriais de hoje: "'Por mais infeliz que seja a escolha, Justiça não deve interferir na nomeação de ministros de Estado'".
"É fato, mas a Folha não expressou a mesma opinião quando Dilma Rousseff nomeou Lula para a Casa Civil, em março de 2016, e juízes proibiram sua posse. Aqueles era dias excepcionais? O jornal só foi dizer o que pensa um ano depois do veto à nomeação de Lula, já no governo Temer, quando a secretaria chefiada por Moreira Franco ganhou status de ministério para que ele tivesse foro privilegiado", afirma Carvalho.
"Registrou o jornal na ocasião: 'A composição do ministério é tema da alçada do Executivo, e a um magistrado não cabe especular sobre motivações ocultas. Já havia sido despropositada, em 2016, a liminar concedida por Gilmar Mendes, do mesmo STF, suspendendo a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Casa Civil'", complementa o jornalista,
Segundo o blogueiro, "o episódio de Cristiane Brasil revela os dois pesos e duas medidas que norteiam não só o Judiciário, mas a mídia, ambos ligados pela ação nefasta que levou ao golpe que desarrumou o País".
"Nada disso teria ocorrido se, no início desse processo insano, cada instituição cumprisse o seu papel. Juízes não podem, de fato, interferir na escolha de um ministro de Estado. Corrompe a democracia".
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