11/01/2018

PF pode acabar com a Lava Jato antes de investigar políticos do PSDB


10/01/2018

* Luiz Henrique Dias

Em reunião com a Presidenta do Supremo, Cármen Lúcia, o Diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, afirmou estar empenhado em concluir os mais de 100 inquéritos envolvendo pessoas com foro privilegiado da Operação Lava Jato até meados de setembro. 

Segundo ele, a quantidade de servidores trabalhando nos casos mais que dobrou e processos importantes, como os que envolvem Michel Temer podem finalmente andar. 

No entanto, ainda pairam dúvidas sobre a inserção de inquéritos "parados", como os que envolvem políticos do PSDB paulista, dentre eles o Governador e pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin. 

Citado em delações e acusado de receber propinas por meio de secretários e até do cunhado, Alckmin vem saindo ileso das investigações e a própria Procuradoria Geral da República chegou a admitir, em novembro não ter dado andamento aos processos. 
Deputado que esteve na PGR comenta o caso 

O Diretor-geral da PF não falou, no entanto, se casos como o de Alckmin estão dentro dos processos a serem concluídos. 

É provável que não.

Em novembro, o Líder do PT na Alesp, Deputado Estadual Alencar Santana, esteve pessoalmente Procuradoria Geral da República, em Brasília, cobrando providências a respeito da abertura de inquéritos envolvendo Alckmin e conversou diretamente com vice-Procurador Geral da República, Luciano Mariz Maia.

Segundo o parlamentar, a própria PGR diz ainda não ter agido quanto aos processos envolvendo o Governador Geraldo Alckmin e supostos pagamentos de propina pela Odebrecht. "Informaram apenas ter havido a abertura de um procedimento conhecido como “Notícia de Fato”, que na prática não tem valor legal relevante, sendo apenas de caráter interno.", explicou Alencar, que também é advogado.

A PGR informou não ter recebido do STF os anexos das delações que continham as informações envolvendo Alckmin e, dessa forma, não conseguiriam investigar.

Houve o pedido de abertura de inquérito

No final de novembro, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) - foro adequado para julgamento de governadores - recebeu do STF o pedido do PGR para abertura de processo contra Alckmin, mas desde então o conteúdo se mantém praticamente em sigilo e o assunto desapareceu da imprensa 

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