Ela criticou a "violência e barbárie" que os índios brasileiros sofrem há 500 anos, e também os feminicídios e a "crueldade letal" contra as mulheres
247 - Na abertura da sessão desta quinta-feira (28) no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia disse que as mulheres indígenas estão sendo massacradas, e que a sociedade e o Estado não estão tomando medidas eficientes para evitar que isso ocorra.
A ministra comentou a morte de uma adolescente ianomâmi, de 12 anos, após ser estuprada por garimpeiros na comunidade Aracaçá, em Roraima, e cobrou o esclarecimento desse e de outros casos de violência.
"As mulheres indígenas são massacradas sem que a sociedade e o Estado tomem as providências eficientes para que se chegue à era dos direitos humanos para todos, não como privilégio de parte da sociedade. Não é mais pensável qualquer espécie de parcimônia, tolerância, atraso ou omissão à prática de crimes tão cruéis e gravíssimos", disse a ministra.
Cármen Lúcia acentuou que não é possível se calar ou se omitir diante do "descalabro de desumanidades criminosamente impostas às mulheres brasileiras, dentre as quais mais ainda as indígenas, que estão sendo mortas pela ferocidade desumana e incontida de alguns".
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