Presidente da Colômbia afirmou que possível extradição do ativista australiano acarretaria em “riscos para a democracia e a liberdade de imprensa”
Opera Mundi - O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, recebeu nesta segunda-feira (21/11), em Bogotá, uma delegação do WikiLeaks, encabeçada pelo editor-chefe da entidade, o islandês Kristinn Hrafnsson, e seu embaixador, o britânico Joseph Farrell.
Na reunião, o mandatário colombiano conversou com os visitantes sobre o caso do ativista australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, preso no Reino Unido desde 2019 e que aguarda a decisão para uma possível extradição aos Estados Unidos, onde poderia sofrer uma pena de prisão perpétua pelo vazamento de dados sigilosos do governo norte-americano.
Na reunião, Petro expressou que a situação de Assange é delicada e que sua possível extradição poderia redundar em “riscos para a democracia e a liberdade de imprensa”.
Segundo os representantes do WikiLeakes, o presidente colombiano prometeu que tentará conversar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para defender a liberdade de Assange.
“Ele foi bastante claro e franco em suas declarações sobre o caso e pudemos perceber o compromisso do governo colombiano com os princípios universais e com a lei de liberdade de expressão”, disse Hrafnsson, em entrevista para o canal RT, após o encontro.
A viagem da delegação do WikiLeaks pela América do Sul teve na Colômbia apenas a sua primeira parada.
Na agenda também está programada uma passagem pelo Brasil, nesta semana, na qual Hrafnsson e Farrell se encontrarão com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo. A Contudo, data exata dessa reunião ainda não está confirmada.
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