Dois presidentes teriam uma "incompatibilidade de agendas"
247 — Durante a cúpula dos líderes do G7, que está sendo realizada em Hiroshima, no Japão, foi confirmado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não terão uma reunião bilateral devido a "incompatibilidade de agendas".
Lula está participando da reunião de cúpula do G7 na condição de convidado. A presença do presidente brasileiro marca o retorno do Brasil, após 14 anos, ao encontro do grupo que reúne as sete economias mais industrializadas do mundo, composto pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Na última sexta-feira (19), o presidente ucraniano propôs uma reunião bilateral entre os dois chefes de estado durante a cúpula de líderes. Segundo o governo brasileiro, a possibilidade de uma reunião foi discutida e uma sala de reunião foi preparada para o encontro. No entanto, devido à incompatibilidade de agendas, a reunião não ocorreu.
De acordo com o governo brasileiro, Lula ofereceu mais de um horário para a reunião, mas a equipe do presidente ucraniano não conseguiu encaixá-la na agenda de Zelensky.
Quando questionado se ficou decepcionado com o fato da reunião não ter ocorrido, o presidente ucraniano respondeu ironicamente que acreditava que Lula é quem deveria ter ficado decepcionado. Zelensky se reuniu neste domingo (21) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
É importante destacar que o pedido de Zelensky para a reunião foi feito uma semana após o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, participar de um encontro com o presidente ucraniano em Kiev, na Ucrânia. Eles discutiram a possibilidade de realizar uma cúpula entre a Ucrânia e países da América Latina. Zelensky também expressou, na ocasião, sua expectativa em receber o presidente Lula na Ucrânia e continuar o diálogo com o governo brasileiro.
Lula defende que um grupo de países, incluindo o Brasil, lidere uma solução negociada para o fim da guerra na Ucrânia, que já dura mais de um ano. No entanto, o presidente brasileiro afirmou que não pretende visitar a Rússia e a Ucrânia enquanto não houver um cessar-fogo.
Nos últimos dias, as declarações de Lula atribuindo responsabilidade pela guerra também à Ucrânia geraram críticas de países, incluindo os Estados Unidos. O governo americano chegou a afirmar que o Brasil estava "repetindo" a propaganda russa e chinesa sobre a guerra na Ucrânia.
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