21/07/2023

ATO EM DEFESA DA MATA DO PARQUE DA PREVIDÊNCIA

 



NÃO É DIVERTIDO DESTRUIR O QUE SOBROU DE VERDE NA CIDADE


Em meio a tantas iniciativas boas do território do Butantã, como a recuperação das nascentes do Iquiririm, a recuperação da Mata do Boturoca, o Parque da Joia, a Horta da Bode Zé, o movimento de composteiras, a criação do Parque da Fonte de Peabiru, o Parque Linear da Água Podre, a previsão de o Viveiro 2 e a Mata Esmeralda se tornarem parques e o início da implantação do Corrdor Verde do Butantã, entre tantas outras que têm tornado nossa região uma linha avançada de movimentos comunitários e coletivos por uma cidade mais verde e humana, quando menos esperávamos, surgiu um ataque que aponta pra um retrocesso tremendo que pode ser irreversível:

Um empreendimento comercial chamado SP DIVERSÕES iniciou uma obra gigantesca numa área de mata e de manancial contígua ao Parque da Previdência e que faz parte do complexo da floresta do parque.

As obras já desmataram uma grande área, espantando a fauna local, parte do terreno, que é de manancial e tem um córrego, com a movimentação da obra, já começou a desbarrancar. O objetivo do empreendimento, ao estilo de Dr. Abobrinha, vilão do Castelo Rá Tim Bum, é fazer um grande empreendimento de "diversões", cheio de luzes, barulho, pista de kart, para aproveitar o público do Shopping Butantã que fica próximo do outro lado da avenida. O Parque da Previdência é a maior e mais bem preservada área verde dessa região do bairro já consituída como parque em funcionamento. As obras e a perspectiva de funcionamento desse emprendimento já começaram a pertubar e vão pertubar muito mais a fauna local, prejudicar o fluxo das águas e sua disponibilidade para aves e pequenos mamíferos, botar em risco de desmoronamento o terreno (coisa que já começou a acontecer) e o Parque da Previdência corre o risco de se tornar apenas mais uma região arborizada em agonia a poluição do ar, a poluição sonora e as luzes artificiais noturnas em vez da continuar sendo a floresta viva e pujante que ele é hoje, um dos raros refúgios da flora e fauna remanescentes de São Paulo.


Os moradores organizados se mobilizram e acionaram o Ministério Público para impedir a obra denunciando o desmatamento e os crimes ambientais cometidos. E o MP já enviou ofício para os responsáveis da obra não prosseguirem até o término da investigação. *Mas hoje mesmo a construtora levou um guindaste gigante para o terreno para início à próxima fase da obra.* É hora de agir.


*Amanhã, 22 de julho, às 7:00 da manhã*
Estaremos todos em frente ao terreno da obra, na Avenida Eliseu, 1820, para pressionar a SP DIVERSÕES e as autoridades públicas responsáveis a pararem essa obra criminosa. Há muitos terrenos possíveis para se fazer todo tipo de empreendimento na cidade de São Paulo: destruir o que restou de mata, de manancial, de curso d'água e comprometer floresta não tem desculpa e não podemos aceitar.

É em cima da hora, é um horário difícil, mas é a resposta imediata que podemos dar à retomada repentina dessa obra destrutiva. Se esperarmos, pode ser tarde demais.

Ajudem a convocar, mobilizem seus coletivos e movimentos, acionem seus contatos na imprensa, parlamentares, vozes que possam repercutir e ajudar nessa luta.

Precisamos estar todos juntos. Esse é o nosso lugar, não temos outro.

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