Aliados avaliam que eventual reversão da inelegibilidade prejudique possível crescimento eleitoral do governador de São Paulo na próxima disputa presidencial
247 - Declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jair Bolsonaro (PL) tem afirmado aos seus aliados que, mesmo se conseguir reverter a decisão da Corte Eleitoral, não buscará novamente a Presidência e procurará uma vaga no Senado, diz a coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
Uma das preocupações discutidas pelo grupo de apoiadores do ex-presidente e de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) é que a Justiça devolva a elegibilidade a Bolsonaro em meio a um momento de ascensão eleitoral do governador de São Paulo para 2026, o que poderia interromper sua trajetória.
Nesse cenário, dependendo do momento, Tarcísio poderia abrir mão de uma potencial candidatura presidencial para apoiar um Bolsonaro enfraquecido após um período de inelegibilidade, que talvez não conseguisse superar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou outro candidato do governo federal.
“O grupo bolsonarista calcula que, com a sinalização de Bolsonaro de que não tem intenção de tentar reassumir a Presidência, os eleitores começarão a dar progressivamente mais atenção ao ex-ministro. A despeito do desentendimento público em relação à Reforma Tributária, Bolsonaro e Tarcísio têm declarado que consideram que o episódio está superado”, destaca a reportagem.
Bolsonaro planeja liderar um grupo no Senado composto por seus aliados mais próximos. Seus filhos Eduardo (SP) e Flávio (RJ) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (DF), todos do PL, fariam parte desse núcleo, assim como os senadores que já estão lá, como Damares Alves (Republicanos-DF), Jorge Seif (PL-SC) e Marcos Pontes (PL-SP).
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