09/07/2023

Carlos Bolsonaro insulta presidente do próprio partido, que apontou 'isolamento' do pai



Vereador se referiu a Marcos Pereira como "essa raça" e associou o tamanho da bancada do Republicanos à influência de Jair Bolsonaro

Carlos Bolsonaro
Carlos Bolsonaro (Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro)
 

Carlos Bolsonaro insulta presidente do próprio partido, que apontou 'isolamento' do pai · Ouvir artigo
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247 - O vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), Carlos (Republicanos), foi às redes sociais manifestar sua revolta contra o presidente de seu próprio partido, Marcos Pereira. As declarações vêm após o dirigente apontar o 'isolamento' político de Bolsonaro em razão de comportamento inapropriado, em meio às discussões sobre a reforma tributária. 

No Twitter, o filho "02" de Jair Bolsonaro se referiu a Pereira como "essa raça" e associou o tamanho da bancada do Republicanos à influência de Jair Bolsonaro. "Essa raça aumentou a bancada e o poder devido às palavras e ações do Presidente Jair Bolsonaro e hoje falam assim. Será por quê? Acho que é porque creem no que pregam!", escreveu o vereador, aludindo ao fato de que Pereira é pastor. 

As declarações de Pereira vieram após Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos, trocarem farpas durante uma reunião do PL que discutia a posição do partido sobre a reforma tributária. Durante a reunião, Bolsonaro sugeriu aos presentes que poderia buscar atrasar a votação para tentar incluir no corpo da proposta às mudanças propostas pelo PL, e não buscar fazê-las por meio de destaques. Em outro momento, Bolsonaro citou uma série de políticos que venceram eleições passadas no embalo da sua força política, como os ex-ministros e agora senadores Rogério Marinho (PL-RN) e Jorge Seif (PL-SC). Mencionou também o caso do ex-ministro e atual governador paulista. "Quem era o Tarcísio? O Tarcísio não queria ser candidato", disse ele, citando que foi ele quem o convenceu. Apesar dos esforços de Bolsonaro, 20 deputados do PL votaram a favor da aprovação da reforma, enquanto 75 se posicionaram contra. O texto foi aprovado em dois turnos pela Câmara. 

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