Deltan Dallagnol contou a Eduardo Pelella que a "estratégia de investigação" sobre uma empresa de José Ticiano era "aumentar a pressão"
Conjur - Diálogos entre procuradores da extinta "lava jato" de Curitiba apontam que os investigadores queriam atingir o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, por meio de uma devassa na vida de José Ticiano, seu irmão.
As conversas são de 7 de julho de 2016 — portanto, há exatos sete anos. Nelas, o então coordenador da "lava jato" de Curitiba, Deltan Dallanol, enviou arquivos envolvendo Ticiano a Eduardo Pelella, chefe do gabinete do procurador-geral da República da época, Rodrigo Janot.
Dallagnol contou a Pelella que a "estratégia de investigação" sobre uma empresa de Ticiano era "aumentar a pressão", e que o irmão de Toffoli passou a ser "alvo prioritário" dos procuradores.
"Vamos aumentar a pressão na empresa como estratégia. Acabou de se tornar alvo prioritário", disse Dallagnol — os diálogos são reproduzidos na sua grafia original. O procurador também afirmou que o ministro do Supremo seria sócio de familiares em um resort. Pelella respondeu: "Opa!!!".
Dallagnol pediu para que outros integrantes da "lava jato" buscassem informações sobre o resort, mas acabou desanimando no dia seguinte: ficou sabendo que nada de relevante foi encontrado na pesquisa.
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