brasil 247
Investigação esdrúxula não deve ocorrer em razão da onda de apoio recebida pelo sacerdote que cuida da população de rua em São Paulo
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 – O pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar o padre Júlio Lancellotti na Câmara Municipal de São Paulo subiu no telhado. Nesta quinta-feira, 4, a situação ficou evidente com a revelação de que pelo menos quatro vereadores que inicialmente apoiaram a iniciativa de investigação retiraram suas assinaturas do requerimento, questionando a viabilidade da proposta. O protocolo da CPI depende não apenas da obtenção de assinaturas, mas também da aprovação em plenário, e a retirada de apoio dos vereadores indica uma possível perda de sustentação política, como aponta reportagem do jornal Estado de S. Paulo.
Os parlamentares, surpreendidos com o direcionamento da CPI, alegam terem sido induzidos ao erro ao assinar o documento que, inicialmente, visava investigar organizações não governamentais (ONGs) atuantes na Cracolândia. Vereadores como Sidney Cruz (Solidariedade) manifestaram descontentamento ao perceberem que a investigação incluiria o nome do padre Júlio Lancellotti. A retirada de apoio reforça a incerteza em torno da viabilidade da CPI, uma vez que a aprovação em plenário é condição essencial para sua instalação.
Indignados com a abertura da investigação contra o padre, vereadores como Xexéu Tripoli (PSDB) expressaram sua oposição à perseguição política a líderes religiosos. Thammy Miranda (PL), que inicialmente endossou a CPI, esclareceu que seu apoio estava relacionado à proteção dos moradores do centro, não ao ataque ao padre Júlio Lancellotti. A vereadora Sandra Tadeu (União Brasil) também retirou seu respaldo, defendendo uma investigação mais abrangente que inclua ONGs e os poderes públicos municipal, estadual e federal.
A possibilidade de instalação da CPI agora depende não apenas da obtenção de assinaturas, mas também da aprovação em plenário, onde é necessário conquistar a maioria absoluta, equivalente a 28 votos. O presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), não confirmou a prioridade do pedido, indicando que o tema será discutido pelas lideranças. Contudo, a retirada de assinaturas compromete a força política necessária para a aprovação da CPI. A situação sinaliza um impasse significativo em torno da investigação proposta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário