14/03/2024

Victória Grabois: quando minha mãe morreu, enterrei com ela meu irmão, meu pai e meu marido, diz Victoria Grabois

 



“Tinha vindo uma ordem do comitê central do PCB para que todo mundo fosse para a Faculdade Nacional de Direito, na praça da República, em frente à Central do Brasil. Ficamos lá, nos guiando pela rádio da Legalidade, do Brizola. Aí começou a vir gente de todas as faculdades da Universidade do Brasil, eram cerca de 300 estudantes. Quando foi três horas [da tarde], a rádio da Legalidade cessou, saiu do ar. Uma meia hora depois, mais ou menos, começaram a jogar bomba de gás lacrimogênio lá dentro. Aí foi um desespero. A faculdade tem três andares, eles jogavam no primeiro, e nós subimos para o terceiro andar. Foi um trauma.”

Assim foi o primeiro de abril de 1964 vivido pela professora Victória Grabois, que era então estudante de ciências sociais. Militante do PC do B na época, ele teve o irmão, o pai e o marido assassinados pela ditadura militar na Guerrilha do Araguaia. Hoje integrante da diretoria colegiada do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ, ela diz ao TUTAMÉIA: “A gente tem de honrar esses heróis do povo brasileiro. Enquanto eu viver, enquanto eu tiver forças, eu continuarei lutando. Que a gente estude esse período, que a gente discuta esse período e que nunca mais aconteça.”
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