9 deputados se elegem prefeitos, sendo 6 no 1º turno, e 3 no 2º

 

9 deputados se elegem prefeitos, sendo 6 no 1º turno, e 3 no 2º

Agência DIAP

As eleições municipais se encerraram dia 27 de outubro, com a realização do segundo turno do pleito. Dos 59 parlamentares que disputaram o certame municipal, apenas 10 foram eleitos: 9 deputados, a prefeito, e 1 senador, a vice-prefeito. Isso representa 18,18% do total de candidaturas.

Desses 59 candidatos, 3 deputados foram eleitos, no segundo turno, para ocupar o cargo de prefeito, incluindo em 2 capitais: Abilio Brunini (PL), em Cuiabá (MT), e Paulinho Freire (União Brasil), em Natal (RN).

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Somando-se a outros 6 que foram eleitos, no primeiro turno, 9 deputados conquistaram prefeituras neste ano. Nas eleições de 2020, 8 deputados foram eleitos prefeitos, sendo que 4 em capitais. Entre a saída dos eleitos e a entrada dos suplentes, em 2025, a configuração partiária da Casa não se altera, já que todos são dos mesmos partidos ou federações. 

Derrotados no 2º turno
Outros 6 deputados disputaram prefeituras em capitais, no segundo turno, dia 27 de outubro, mas acabaram em segundo lugar:

• André Fernandes (PL), em Fortaleza (CE);

• Capitão Alberto Neto (PL), em Manaus (AM);

• Delegado Éder Mauro (PL), em Belém (PA);

• Guilherme Boulos (PSol), em São Paulo (SP);

• Maria do Rosário (PT), em Porto Alegre (RS); e

• Natália Bonavides (PT), em Natal (RN).

DEPUTADOS ELEITOS NO SEGUNDO TURNO

12 disputaram o segundo turno: Abilio Brunini (PL-MT), Alex Manente (Cidadania-SP), André Fernandes (PL-CE), Capitão Alberto Neto (PL-AM), Delegado Éder Mauro (PL-PA), Guilherme Boulos (PSol-SP), Maria do Rosário (PT-RS), Natália Bonavides (PT-RN), Paulinho Freire (União Brasil-RN), Professor Alcides (PL-GO), Ricardo Silva (PSD-SP) e Rosana Valle (PL-SP). Todavia, apenas 3 tiveram êxito nas urnas:

Abilio Brunini (PL) - Cuiabá (MT)
Quem deve assumir a vaga deixada na Câmara dos Deputados em 2025 é o empresário e ex-vereador de Rondonópolis, Rodrigo da Zaeli (PL). Desse modo, a bancada do PL na Casa não terá alteração e permanece com 93 deputados.

Paulinho Freire (União) - Natal (RN)
A médica e odontóloga Carla Dickson (União Brasil) vai assumir a vaga na Câmara Federal que será deixada por ele em Brasília. A bancada, assim, permanece com 59 deputados.

Ricardo Silva (PSD) - Ribeirão Preto (SP)
Vereador de Osasco, Ribamar Silva (PSD) está na Câmara Municipal do município desde 2017. Foi por 2 vezes presidente da Comissão Mista de Orçamento. O parlamentar chega à Câmara dos Deputados, após a vitória de Ricardo Silva (PSD-SP) para Prefeitura de Ribeirão Preto. Nas eleições de 2022, teve 65.219 votos. Bancada vai permanecer com 44 deputados.

DEPUTADOS ELEITOS NO PRIMEIRO TURNO

Alberto Mourão (MDB) - Praia Grande (SP)
Quem vai substitui-lo é João Cury Neto (MDB). Ex-prefeito de Botucatu e secretário de Educação do estado de São Paulo, atualmente é presidente da Cohab-SP (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo). Nas eleições de 2022, recebeu 80 mil votos. O partido mantém a bancada com 44 deputados.

Carmen Zanotto (Cidadania) - Lages (SC)
Quem retorna à Casa é a suplente, ex-deputada Geovânia de Sá (PSDB), agora como titular, após não se reeleger no  pleito de 2022. Antes foi secretária de Saúde e vereadora de Criciúma. Em 2014 foi eleita deputada federal e foi reeleita em 2018. Em 2022, teve 84 mil votos e ficou como suplente. Na atual legislatura assumiu interinamente o lugar de Zanotto, que havia sido nomeada secretária de Saúde em SC. Assim, o Cidadania perde 1 cadeira e fica 4 representantes. E o PSDB que elegeu 13 em 2022, fica 14. Estes formam a Federação PSDB-Cidadania, com 18 representantes.

Dr. Benjamim (União) - Açailândia (MA)
Segundo suplente do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, Ivan Júnior (União) assume o mandato no lugar de Dr. Benjamim. Advogado e líder comunitário, ele recebeu no pleito de 2022, 6.647 votos. Neste ano, Ivan se candidatou a vereador em São Luís, no entanto, recebeu apenas 1.967 votos e também ficou na suplência.

Gerlen Diniz (PP) - Sena Madureira (AC)
Presidente da Fieac (Federação das Indústrias do Estado do Acre), José Adriano (PP) é primeiro suplente do Progressistas no estado. Após a vitória de Diniz para Prefeitura de Sena Madureira, o empresário, que recebeu 10.623 votos no pleito de 2022, assume a cadeira na Câmara. Nas eleições de 2018, também tentou a vaga. À época pelo PDT, e recebeu 6.258 votos e não foi eleito. O partido mantém as 50 cadeiras na Casa.

Hélio Leite (União) - Castanhal (PA)
Segundo suplente do ministro do Turismo, Celso Sabino, o Pastor Cláudio Mariano (União) vai assumir a vaga do primeiro suplente Hélio Leite (União Brasil-PA). Atualmente é vice-prefeito do município de Sapucaia (PA), onde Wilton Leite (MDB) foi reeleito em candidatura única à Prefeitura. Nas eleições de 2022, recebeu 10.017 votos.

Washington Quaquá (PT) - Maricá (RJ)
3 vezes eleita deputada estadual pelo Rio de Janeiro, Enfermeira Rejane (PCdoB) vai assumir a cadeira de deputada federal no lugar de Quaquá. No exercício parlamentar na Alerj (Assembleia de Estado do Rio de Janeiro), onde ficou de 2011 a 2023, foi vice-presidente da Comissão de Saúde durante 2021 e 2022. Ela recebeu, em 2022, 38.322 votos. O PT que elegeu 68 deputados, fica com 67, e o PCdoB que elegeu 6, ficará com 8, já que Orlando Silva (SP) é primeiro suplente e está no exercício do mandato desde o início da atual Legislatura.

Senado Federal: Rodrigo Cunha (Podemos-AL)
Na Casa, dentre os 4 que disputaram as eleições municipais, apenas o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) logrou êxito na disputa em Maceió (AL). Ele foi eleito vice-prefeito na chapa do ex-deputado federal e prefeito reeleito, JHC (PL). Eleito senador em 2018, o mandato dele terminaria em 2027. Ele é filho da deputada Ceci Cunha, assassinada em dezembro de 1998, a mando do então suplente dela, que chegou a assumir a vaga — Talvane Albuquerque. A primeira suplente é a Dra. Eudócia (PL) — Eudocia Maria Holanda de Araujo Caldas —, que assume a cadeira em janeiro de 2025. Ela é mãe de JHC. O Podemos perde 1 cadeira e fica com 5. E o PL ganha 1 e aumenta para 15.

Critério do DIAP
Os suplentes Márcio Correa (PL-GO) e Naumi Amorim (PSD-CE), que foram eleitos prefeitos, respectivamente, em Anápolis (GO) e Caucaia (CE), não estavam no exercício do mandato. Desse modo, eles não entram nas estatísticas do órgão, já que o DIAP considera apenas os parlamentares no exercício da atividade parlamentar como prefeitáveis.

Suplentes em exercício eleitos vereadores
Foram eleitos vereadores em seus respectivos municípios:

• Carla Ayres (PT-SC), em Florianópolis; • Eliza Virgínia (PP-PB), em João Pessoa; e • Nitinho (PSD-SE), em Aracaju.

Daniel José (Podemos-SP) ficou na suplência de vereador em São Paulo. Todos são suplentes de deputado federal no exercício do mandato.