07/02/2025

SINDSEP: Mais um projeto de Nunes que expõe as escolas municipais



 7 de Fevereiro de 2025


A política deliberada de destruição da escola pública do Prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tem como objetivo a privatização das escolas públicas, agora avança na militarização disfarçada em segurança nas unidades educacionais. 

O Prefeito, com a política de militarizar e terceirizar a escola pública, reza na cartilha do governador do Estado, Tarcísio de Freitas. Desta vez é a ideia de solucionar os principais problemas de segurança que afetam a educação municipal da cidade de São Paulo com a presença ostensiva da Guarda Civil Metropolitana (GCM) nas escolas. Mais uma política que ameaça princípios, contradizem os documentos de orientação curricular da própria Secretaria Municipal de Educação e coloca em risco a autonomia das escolas, a gestão democrática e os direitos das/os trabalhadoras/res da educação municipal.

Se não bastassem as declarações sobre a ideia de terceirizar a gestão das 50 piores escolas com menor IDEB, agora classifica e expõe as comunidades educacionais como as mais vulneráveis. O Sindsep entende que não cabe ao poder público diagnosticar oo problemas sócio econômicos de um determinado território, sem a realização de uma séria pesquisa que aponte as variantes que determinam esta ou aquela situação. Mas, de qualquer forma, não é função de um gestor público classificar, baseado em achismos, a melhor ou pior escola do município, seja no sistema de aprendizagem ou vulnerabilidades presentes no território. 

Essa ideia busca a responsabilização dos Diretores de Escola e toda a equipe pela não aprendizagem no ciclo de alfabetização, propondo inclusive punir este profissional, com troca de local de trabalho, que somado a punição aos professores readaptados e em licença médica com a perda de jornada e de salários, agora o Prefeito acredita que é possível resolver a questão da segurança com a presença da GCM em 20 escolas da rede, consideradas mais vulneráveis.

Em entrevista dada pelo Prefeito em 05 de fevereiro, em conjunto com o Secretário de Educação, Fernando Padula e o Secretário de Segurança Urbana, Orlando Morando, tomamos conhecimento do projeto piloto que prevê a presença constante de dois GCM nas escolas com maior índice de vulnerabilidade e maior número de ocorrências.

É inconcebível que esta seja a principal declaração do Prefeito exatamente no dia em que iniciamos o ano letivo de 2025. 

Fica evidente qual é o projeto de Educação que vem sendo anunciado em cada uma destas medidas, a DESTRUIÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL, precarizando, terceirizando e retirando direitos dos trabalhadores.

Mais uma vez coloca, também, a responsabilidade nos diretores de escola, que deverão organizar toda a orientação das ações que a GCM vai realizar dentro das unidades escolares.

Defendemos que a ideia de que construir escolas mais seguras passa pelas relações que se estabelecem com a comunidade, com os demais equipamentos públicos presentes nos territórios e, sem dúvida, com a própria GCM que deve ser parceira da escola desempenhando um papel mais educativo.

Esta é a rede de proteção social que, se constituída, poderá contribuir para o estabelecimento de relações entre escola e comunidade capaz de construir uma educação mais integral, mais humana e mais solidária.

O Sindsep continuará se posicionando contrário a militarização das escolas e a mais esta tentativa do Prefeito de expor nossas escolas a situações de constrangimento.

E NO PRÓXIMO DIA 11/02 NOSSA AULA SERÁ NA RUA!!!

Venham todos fazer parte da AULA PÚBLICA organizada pelo Sindsep e o Fórum das entidades contra todos os ataques que a Educação Pública da nossa cidade vem sofrendo.

Dia 11/02 às 10 horas, em frente o gabinete do Prefeito.

Só a luta organizada e a unidade podem reverter o quadro de desmonte da Educação.

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